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25 de março de 2006

TZ


Uma instituição com a qual todo pediatra tem que lidar é a “Tia Zilda”.
Quase todos nós temos uma Tia Zilda na família (não necessariamente com este mesmo nome, muitas são avós, aliás, pouquíssimas Tias Zilda são as legítimas, aquelas que não soltam as tiras e não têm cheiro).
-Como faço para descobrir a Tia Zilda da minha família?
Fácil. A Tia Zilda é aquela pessoa que freqüentemente está errada, mas nunca na dúvida. Ou seja, é aquela pessoa que deveríamos consultar (nem sempre é o desejo da família, suas opiniões são compulsórias) para saber se o remédio prescrito pelo médico está correto, inclusive na dose (Tia Zilda amiúde manda dividi-la por dois ou dar a dose da noite, apenas), se o diagnóstico do problema bate com o dela (“Esse médico é muito novo, ainda não sabe quase nada”, argumenta, defenestrando pelo menos oito anos de formação) ou para sugerir um outro profissional, este sim, é bom, pois tratou da nossa avó em 1934.
E não há outra solução na maioria dos casos: temos que torna-la nossa aliada, se quisermos obter algum sucesso terapêutico.
Tenho inclusive recomendado que venham para as consultas, para trocarmos algumas experiências. O que dificulta é sua agenda lotada. Sempre dando consultas.
E, pelo menos uma vez por ano, fora, no Congresso Brasileiro de Tias Zilda.

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