Elas, sim. Mas nós, os homens, não tivemos o que comemorar na Semana Internacional das Mulheres (era “Dia”, lembra?).
Basta abrir os jornais ou ligar a televisão.
Dentre todas as reportagens, a que mais me impressionou foi a da situação dos homens na China.
Como lá o governo decide como e quando se deve respirar, a política de “incentivo” (palavra mais do que branda para o que realmente acontece) para que as famílias tivessem apenas filhos homens, criou uma situação que parece peculiar, a hiper-valorização da mulher.
Digo parece porque a transformação da mulher num “objeto” raro na China apenas potencializou o que vem acontecendo num ritmo alucinante no resto do mundo.
Nosso domínio, a subjugação das mulheres que ocorreu desde sempre, era sinal da nossa aparente esperteza. Sabíamos que não podíamos deixar elas “tomarem conta”. Bobeamos, e veja o que aconteceu (na realidade, está só começando a acontecer, para desespero nosso, pelo menos dos que ainda conseguem enxergar algo através do manto grosso da testosterona): tomaram nosso cachimbo (e, como disse a Miriam Leitão, com as armas certas). O mundo agora é delas, rapaz!
Conformemo-nos. Aliemo-nos a elas, visto que não há nada mais a fazer.
E continuemos mandando flores. Nunca mais com nobres intenções de manutenção da conquista. Por admissão da superioridade, bajulação descarada, mesmo.
Se a situação em que nos colocamos gerar revolta, flexione alguns músculos: elas adoram ver como seus animais de estimação são bonitinhos.
Talvez até impeçam nossa extinção.
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