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25 de outubro de 2019

Xi! Xi.


Outro problema dos tempos modernos (ah, esses tempos modernos!...): 
Uma criança "X", pequena, tem seus pais chamados na escola (ah, essas escolas!...) porque "está fazendo muito xixi".
O que é "muito"?
É uma frequência grande de pedido pra fazer (não muito volume urinário, portanto, mas nem a escola nem os pais se deram conta dessa importante diferença).
E daí, o que acontece? Transforma-se um fato comum de uma criança pequena (4 - 5 anos) num "problemão"!
Avó: "deve ser infecção urinária!"
A mãe: "deve ser alguma coisa mais séria, li na internet que diabete pode dar isso".
A escola: "acho que deviam consultar um psicólogo!"
A internet: "um exame de medida de capacidade vesical pode ser indicado".
Criança saudável, inteligentíssima, com controle precoce da micção (um fato que ninguém deu muita bola), e que apresentou, tempos atrás, um normal episódio de "escape" (enurese), o que deixou ela, a própria criança, muito incomodada (pois inteligente e precoce, possivelmente por isso tratou esse fato como uma "pequena tragédia"). A partir dali, seu foco na presença de urina na bexiga aumentou muito (ao ponto de pedir pra descer do carro em pequenos trajetos para urinar).

Não é tão difícil perceber que nada de tão sério está acontecendo. Difícil é convencer (pai, mãe, vovó, profi, internet...)!

18 de outubro de 2019

Benjamin Picasso



Não sei você. Mas eu, desde pequeno, enxergava Picasso como um "artista criança", e não conseguia muito compreender onde estava a genialidade de pintar algo que aparentemente a gente, como criança, poderia fazer "meio igual".
Era intencional, pelo que se diz. Que ele considerava todas as crianças como absolutamente criativas. E que, em muitas, essa criatividade se perdia, pela necessidade de se adaptar à vida adulta. 
Talvez por isso, seus auto-retratos (espelhando todas as suas obras) foram se tornando mais "crianças", mais puras, mais criativas, mais originais, com o passar da idade. Algo como o "Benjamin Button" das artes plásticas. 

Para quem, como eu, achava que era "fraco", simplório, "cubista", basta ver, então, o que ele fazia de clássico quando era quase uma criança.

11 de outubro de 2019

Tá Bom


E Deus apareceu e disse:
"Receberás um raio. E esse raio o pegarás em cheio. E será doloroso. Porém, não morrerás! Ficarás deformado, em metade do corpo. E terás que viver mais da metade da sua vida assim: disforme, e com dores".
E ele respondeu:
"Tá bom..."
Deus:
"Como assim, "Tá bom..."?"
Ele:
"Tá bom, ué. É o Senhor quem manda. Não é o Senhor quem manda? Então... tá bom. Fazer o que?"
Deus:
"Fazer o que? O que todos fazem! Espernear. Gritar. Esbravejar..."
Ele:
"Adianta?"
Deus:
"Não, não deve adiantar."
Ele:
"Então..."
Deus:
"Mas você é "apenas" um homem! Deve espernear, gritar, esbravejar!"
Ele:
"É... mas tô com um pouco de preguiça. Já que parece que não vai adiantar."
Deus:
"Mas o que é isso? Um budista, agora?"
Ele:
"Não, nem sei bem o que é ser um budista. Mas se é o jeito do budista, e o Senhor quiser chamar assim, vá lá. Sou budista. Mas sem deixar de acreditar nos desígnios do Senhor!"
Deus:
"Essa é muito boa. Um cristão budista! Tá difícil entender essa gente de hoje! Noutro dia vi um dos meus construir a casa virada pra Meca... Va bene!"
Ele:
"E quando vai ser, senhor?"
Deus:
"O que?"
Ele:
"Essa história do raio"
Deus:
"Que his...? Ah, sim, do raio! Ah, deixais pra lá!"
Ele:
"Não haverá mais raio?"
Deus:
"Nããã, que eu também não vou ficar fazendo raio pra gente que não dá valor! Sabe a quantas anda a conta da luz?"
Ele:
"Tá bom!"
Deus:
"Tá bom? Tá bom? Arrrr! Thor, venha cá meu filho! Tá quanto a bandeirada vermelha esse mês?"

Moral da história: 

Aceite as coisas como elas vêm. Mas também não abuse!...
(isso é uma postagem com cara de férias do autor...)

4 de outubro de 2019

Focados


O tempo passa, e tenho pensado sobre se tem existido alguma coisa mais ridícula do que nossas tentativas de "políticas de contenção" do uso do smartphone (antes eram "telas" de uma maneira mais ampla, até isso já mudou definitivamente) por parte de crianças e jovens.
Basta você ler alguma coisa de uns "enormes" dois anos atrás: afrouxamos! E afrouxamos muito mais na comparação com quase meia década (pra quem não gosta de conta é "cinco anos")! De uma década inteira então, nem há alguma margem pra comparação: somos outros (menos?) seres humanos! 
Lembro da minha pobre mãezinha (dolorosamente) falecida há cerca de 10 anos, que desapareceu (imagine!) sem ter noção do que era um aplicativo
Lembro também (aí dando risada) da compra do meu primeiro Ipad numa loja nos Estados Unidos. O vendedor ficou dez minutos me falando de "éps", e eu ali, com cara de "Não me diga!", sem saber do que estava falando.
Mas voltando à nossa preocupação (como pediatras, professores, pais, e tudo o mais que tenha a letra "p" no início - exceção aos prefeitos, que querem que a gente se exploda!):
Adianta? Você, como adulto responsável, equilibrado, arguto, analítico, filosofado, tentar criar alguma regra para evitar o abuso do "celular"? Faz ainda algum sentido? Consegue você mostrar alguma independência dessa máquina "diabólica"?
Ou mesmo: você ainda tem se dado ao trabalho de pensar como a "nova geração" vai raciocinar, memorizar, dormir, se exercitar, viajar e, por que não, transar, daqui pra frente?

Ei, larga isso, tô falando com você (emoji irritado)!!