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26 de março de 2006

O Homem que Ouve os Cavalos


Emocionante o tema do Globo Rural deste domingo (os melhores programas passam nos horários que pouca gente vê). É possível se emocionar com um programa sobre doma de cavalos?
Monty Roberts é um fazendeiro americano que, assim como os cavalos que o pai criava, apanhou muito. De corrente, a mesma que o pai usava para devolver as próprias agressões sofridas por ele mesmo, num ciclo vicioso de violência, transformando todos, animais e pessoas, em criaturas infelizes.
Monty Roberts estudou psicologia. Desta forma aprendeu a compreender – nunca a amar – o pai.
Aprendeu, provavelmente, que o pai equacionava masculinidade com agressividade, crença que arrasa muitas famílias, principalmente as menos educadas.
Monty aplicou, então, seus conhecimentos numa doma cheia de manifestações de carinho e confiança, nunca de agressão e medo.
Quantas gerações de cavalos domados “na marra” não “gostariam” de ter conhecido Monty?
Da mesma forma, é difícil imaginar quantas gerações de famílias teriam se beneficiado da extinção desse machismo estúpido, da “educação” (arrume-se outro nome) pela violência.
Não é o método arcaico do medo que ensina, explica o fazendeiro. É o estímulo, a confiança, o prazer. O amor, enfim.
Quanta lição pode ser tirada de uma única fazenda?
(em tempo: Monty Roberts é pai de “apenas” 47 filhos adotivos, além de seus próprios três, o que dá uma mostra do tamanhinho do seu coração)


E, muito brevemente, um dos melhores blivros (blog-livros, ou livrogs – livro-blogs?) da Internet brasileira. Pelo vencedor do Papai Nobel de literatura, a minha modesta pessoa.
Você não perde por esperar! Aliás, pode perder, sim. Veja o exemplo da minha prima: perdeu o emprego quando o patrão viu que ela estava esperando mais um.

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