-Doutor, eu trouxe o Luis Alfredo* aqui pra que o senhor me pedisse aí uns exames dele...
(* o nome é inverídico, a história, nem tanto)
-Exames?
-É. Queria que o senhor fizesse um “Ketchup” do menino.
-Check-up?
-Isso!
-Sei. Mas o que é que ele tá sentindo?
-Nada, doutor.
-Nada? Mas então...
-Não, doutor, sabe o que é? O senhor nunca faz uns exames nele, né? Quem sabe se ele não pode tá aí com alguma coisa, sei lá.
-Mas... Ele não tá bem?
-Tá, claro que tá.
-Não corre pra lá e pra cá, não pula, brinca o tempo todo?
-Brinca, brinca sim. Não é isso.
-Não é inteligente, vai bem na escola?
-É...
-Tem história familiar de alguma coisa?
-Não, que eu saiba, não.
-Mas então pra que é que a senhora quer exames?
-Não sei. O colega dele já fez um monte de exame até hoje...
-É doente?
-Não sei, mas o menino vive indo no laboratório.
-E a senhora acha que é bom?
-Sei lá, né doutor. Sabe o que é? O convênio paga, né?
(-Uma histerossalpingografia para a senhora o convênio também paga – pensou o doutor – mas não é por isso que eu vou lhe pedir.)
-Tá bom, tá bom. Vamos ver, então... Exame de sangue?
-É, pode ser... De urina e de fezes, também.
-O que mais?
-Não sei, doutor, o senhor que é o doutor, né?
(ah, é... tinha me esquecido)
-Então de sangue, de fezes, e... de urina. Pronto! Mais alguma coisa?
-Não vai examinar o menino?
-Vou. Tem alguma coisa, ele?
-Tem. Anda se queixando muito de dor de cabeça, ultimamente...
-Dor de cabeça?
-É. Fala aí, menino!
(não fala)
-Mas então por que é que a senhora não me disse desde o começo, quando chegou aqui?
-Não, é que senão o senhor ia fazer de novo esse negócio de conversar, conversar, ia examinar o menino todo dos pés à cabeça, e podia ser que nem pedisse exame do menino, né, doutor?
(* o nome é inverídico, a história, nem tanto)
-Exames?
-É. Queria que o senhor fizesse um “Ketchup” do menino.
-Check-up?
-Isso!
-Sei. Mas o que é que ele tá sentindo?
-Nada, doutor.
-Nada? Mas então...
-Não, doutor, sabe o que é? O senhor nunca faz uns exames nele, né? Quem sabe se ele não pode tá aí com alguma coisa, sei lá.
-Mas... Ele não tá bem?
-Tá, claro que tá.
-Não corre pra lá e pra cá, não pula, brinca o tempo todo?
-Brinca, brinca sim. Não é isso.
-Não é inteligente, vai bem na escola?
-É...
-Tem história familiar de alguma coisa?
-Não, que eu saiba, não.
-Mas então pra que é que a senhora quer exames?
-Não sei. O colega dele já fez um monte de exame até hoje...
-É doente?
-Não sei, mas o menino vive indo no laboratório.
-E a senhora acha que é bom?
-Sei lá, né doutor. Sabe o que é? O convênio paga, né?
(-Uma histerossalpingografia para a senhora o convênio também paga – pensou o doutor – mas não é por isso que eu vou lhe pedir.)
-Tá bom, tá bom. Vamos ver, então... Exame de sangue?
-É, pode ser... De urina e de fezes, também.
-O que mais?
-Não sei, doutor, o senhor que é o doutor, né?
(ah, é... tinha me esquecido)
-Então de sangue, de fezes, e... de urina. Pronto! Mais alguma coisa?
-Não vai examinar o menino?
-Vou. Tem alguma coisa, ele?
-Tem. Anda se queixando muito de dor de cabeça, ultimamente...
-Dor de cabeça?
-É. Fala aí, menino!
(não fala)
-Mas então por que é que a senhora não me disse desde o começo, quando chegou aqui?
-Não, é que senão o senhor ia fazer de novo esse negócio de conversar, conversar, ia examinar o menino todo dos pés à cabeça, e podia ser que nem pedisse exame do menino, né, doutor?
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