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1 de janeiro de 2006

Envelhecimento


-Ih, errei de blog!
Não, é aqui mesmo. Desculpe se usei de golpe baixo pra chamar sua atenção.
Vivemos um interessante paradoxo.
Enquanto anuncia-se o tão desejado aumento na expectativa de vida (velhos vivendo mais), as crianças envelhecem cada vez mais cedo.
Senão, como explicar a maturidade precoce (física e psíquica, se bem que não em todos os aspectos) de tantas crianças e adolescentes e a incidência crescente de doenças degenerativas como o diabetes tipo 2 e mesmo a arteriosclerose?
Basta existirmos para estarmos envelhecendo. Quanto mais respiramos, comemos, nos exercitamos, mais consumimos oxigênio. Este mesmo oxigênio gera, como subproduto, radicais livres, que em excesso causam dano e envelhecimento das células (e do organismo como um todo).
Nunca o ser humano produziu tanto radical livre desde tão cedo. O mesmo progresso que nos faz viver tanto, nos transforma em ávidos consumidores (de alimentos a medicamentos, de novidades tecnológicas a tratamentos "alternativos" para males do corpo e da mente).
Onde chegaremos?
Não há como responder, mas há lucros incessantes de um lado (indústria farmacêutica, por exemplo) e prejuízos tremendos de outro (o próprio encurtamento da infância, só para citar algo mais pertinente aos nossos assuntos).
Obviamente não se pode advogar uma impossível e indesejável volta ao passado, mas talvez o melhor seria sabermos conciliar o tão difícil melhor dos dois mundos.
O que faz pensar na escolha do compositor Cazuza:
"Prefiro viver dez anos a mil do que mil anos a dez".
Cada um que reflita na sua escolha (e na dos seus filhos).

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