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25 de fevereiro de 2006

Tsunami



Cada célula do cérebro (neurônio) pode ser comparada a uma árvore. São parecidos na forma: a célula (o tronco da árvore, neste caso) se ramifica, dando origem aos dendritos (os galhos). Estes se encostam em outros galhos (as sinapses, onde a comunicação entre as células acontece).
Da infância até o início da adolescência, estes galhos crescem de forma inacreditável (e, portanto, criam mais conexões rapidamente): é a hora de grandes, enormes, aprendizados (aprende-se rapidamente a cultura toda de um povo).
Com a “enxurrada” de hormônios da adolescência, inicia-se a “poda” das árvores (é, cedo assim!), que prossegue pelo resto da vida. Os efeitos dos hormônios - os níveis de testosterona nos meninos sobem 26 vezes, por exemplo - poderiam ser comparados a uma verdadeira tsunami cerebral, devastando milhões de conexões. Ficam apenas as conexões mais fortes, que não são poucas (da ordem dos quatrilhões).
Esse fenômeno (da poda) cumpre uma finalidade:
O cérebro precisa “jogar fora” o excesso de conexões entre os galhos (senão correria o risco de ser mais atrapalhado do que ajudado por este excesso – tudo que é demais, faz mal).
Agora, o que nos deixa a pensar é:
De que forma se investe neste precioso período prévio à “poda” (infância)?
Assistindo ao Caldeirão do Huck? Reaprendendo todos os dias a dancinha da...
Tudo bem, precisa-se também de certas (ou muitas) bobagens, até para a construção de um emocional “legal”, mas...
O que mais? (se possível, adicione um eco aqui)

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