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16 de fevereiro de 2006

Obebeso


Esta é para as mães que comemoram o ganho de peso dos seus bebês como se fossem notas da escola: quanto maior, melhor.
Estudos a respeito da relação entre o ganho de peso no início da vida e a obesidade anos após têm pipocado na imprensa médica (na Circulation on-line, por exemplo).
Ainda não há cálculos ou tabelas que possam mostram o quanto de ganho de peso é preocupante, mas existem algumas hipóteses bem plausíveis a respeito:
O organismo da criança nascida com baixo peso (mais do que os prematuros) percebe o ambiente intra-uterino como um local onde alimentos são escassos (daí o baixo peso, em muitos casos). Isto faz com que mecanismos compensatórios – que durarão a vida toda, pois se formam num momento crucial – “programem” a criança para “retirar tudo o que pode” dos alimentos. Quando iniciam a alimentação após o nascimento, seu ganho de peso já revela esta “programação”. Isto ocorreria inclusive nas mães que ganham muito pouco peso durante a gravidez (até mesmo de forma voluntária, devido a preocupações estéticas!).
Outra forma seria o ganho de peso “pré-programado” geneticamente independente de fatores intra-uterinos (herança).
Este padrão de ganho de peso, quando verificado, serviria para estabelecer medidas de prevenção para a obesidade. Dentre elas, a única reconhecidamente eficaz é o estímulo ao aleitamento materno exclusivo até o sexto mês (outro benefício destes estudos será desestimular medidas como a complementação com fórmulas para aqueles bebês que “tadinhos, estão ganhando pouco peso!”).

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