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2 de fevereiro de 2006

Devagar com o Andor


O aumento da quantidade de soja na dieta tem vantagens e desvantagens. As vantagens são: a diminuição nos níveis de colesterol e a prevenção de alguns tipos de câncer. As desvantagens até o momento diziam respeito a um aumento nos níveis de hormônios masculinos (mesmo nas mulheres) e alterações na função da tireóide.
Um estudo atual evidenciou um problema novo: ratos com problemas cardíacos (cardiopatia hipertrófica) apresentam piora evidente da condição ao se alimentarem com soja.
O efeito é muito mais intenso em ratos machos.
Os “culpados” por esta piora são os chamados fitoestrógenos da soja (isoflavonas, principalmente), componentes da dieta com ação semelhante aos hormônios femininos (estradiol). Teriam o efeito de induzir a um tempo de vida mais curto da célula cardíaca, além de provocar uma “desorganização” celular.
O efeito mais pronunciado em machos se deve provavelmente ao fato das fêmeas já terem seus organismos adaptados aos níveis maiores de estrogênio.
Soja é alimento, e não remédio. A importância de estudos como este, porém, está em evidenciar os nítidos efeitos que mudanças na dieta provocam na saúde.
Por conta dos decantados benefícios, a indústria de alimentos a base de soja tem se tornado cada vez maior e mais poderosa.
Mesmo o consumo moderado de alimentos com soja, entretanto, tem reflexo na ação estrogênica. Devemos ter isso em mente quando nos deixamos levar por notícias auspiciosas sobre os benefícios de certos alimentos.

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