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6 de abril de 2006

Mercado


Agora é moda: todas as profissões da área da saúde estão reivindicando a possessão do bloquinho de receitas, dentre elas a psicologia e enfermagem.
Comparou um colega americano em seu blog: é como se de repente, nos aviões, as comissárias de bordo dissessem que, por serem mais simpáticas e estarem em contato mais freqüente com os passageiros, assumiriam o comando das aeronaves.
A questão não deveria envolver reserva de mercado, mas é só do que se trata. Ou alguém tem dúvida de que as poderosas companhias farmacêuticas lucrarão com o direito da prescrição outorgado a mãos possivelmente menos dadas à minúcia ou ao escrúpulo? Mãos estas também cada vez mais ostentadas por um “Dr.”, pelo número cada vez maior de faculdades pouco recomendadas.
Durante todo o período da faculdade de medicina (tenho que dizer, não por gabolice: faculdade séria, chancelada) mostramos, ou deveríamos mostrar, desprezo pelo bloquinho. Muitos dos nossos professores não nos ensinavam o que prescrever para as condições que eram ensinadas, pela sábia decisão de considerar a prescrição um ato menor, que vinha apenas após tudo o mais estar sedimentado. Anos de estudo das disciplinas básicas levavam naturalmente ao pretenso domínio da arte de prescrever.
Alguém aí viu meu pára-quedas?

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