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22 de abril de 2006

Assassinos


Dentre todos os pecados, o da gula é o que menos dura na consciência: em no máximo cinco ou seis horas, nosso estômago ronca novamente, e estamos prontos pra cair em nova tentação.
Sobra o rastro dos quilos, das dobras a mais.
E aí reside a injustiça: os chamados “de metabolismo lento”, os que carregam na cintura a soma dos pecados cometidos, pagam a penitência pela vida toda, a cada minuto são lembrados dos seus excessos, eles mesmos transformados num.
Os magros, não. São, muitos deles, como assassinos em série. “Matam” a sangue frio generosas porções do que quer que lhes atravesse o caminho, sem se preocuparem com sentimentos de culpa, ocultação de evidências ou reprovação da sociedade. E ainda por cima, zombam constantemente dos que são pegos em flagrante.
Um estudo já “antiguinho” (de 1999) na afamada Science mostra que a grande diferença entre os que são chamados de “metabolismo lento” e os outros não está, na verdade, no metabolismo propriamente, e sim no gasto energético não percebido como: a manutenção postural, os gestos do dia-a-dia e outras atividades como lavar roupa, varrer a casa, etc.
O significado disto (mais como uma curiosidade do que como algo que possa ter grandes implicações práticas) não é que magros fazem mais atividades necessariamente, mas as fazem com maior gasto energético.
Um dos indivíduos estudados (uma mulher) chegou a apresentar, quando sua dieta era acrescida de 1000 calorias/dia, gasto calórico involuntário (sem qualquer exercício físico além das atividades normais diárias) de 692 calorias/dia a mais. Sobraram apenas pouco mais de 300 calorias para “estoque”. É uma “máquina” de queima calórica beirando a perfeição.
Ô “vara-pau” abençoada! - diriam muitos.

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