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31 de agosto de 2007

Olha a Obesidade!


O fenômeno mundial da incidência da obesidade está se parecendo muito com a famosa assombração do ditado popular: quanto mais nela se fala, mais ela aparece.
A todo o momento vem nova notícia - embora algumas fontes contradigam – sobre o crescimento na epidemia, isto a despeito dos esforços nacionais de conscientização sobre o problema.
Três detalhes me parecem muito importantes:
O primeiro é o de que não adianta apenas informação. Assim como em outras situações médicas, muita informação não garante resultados (fosse assim, por exemplo, ninguém mais fumaria – claro que uma coisa tem muito a pouco a ver com a outra).
O segundo detalhe diz respeito ao provável “tiro pela culatra” que significa o muito se falar e se preocupar com algo tão essencial como comer. Está ficando claro que preocupação excessiva deve ser pior do que preocupação nenhuma com a alimentação.
E, terceiro, precisamos entender que a equação “comer mais e se exercitar menos” é cada vez mais apenas uma pequena parte do problema. Pessoas – notadamente crianças - têm se transformado em obesas pela somatória de estilos de vida, realmente difíceis de se “consertar”.
A qualidade dos alimentos – que se compra sem se pensar muito em termos nutricionais, até porque grande parte da indústria alimentícia precisa vender os mesmos alimentos com várias “caras” - a dificuldade em se manter relacionamentos de amizade (onde se possa esquecer da comida por bons instantes ou lembrar dela com naturalidade), a transformação do cérebro das crianças em “máquinas de gratificação instantânea”, fenômeno danoso mas cada vez mais comum, são, dentre outros, grandes nós do enorme novelo responsável pela epidemia.

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