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4 de setembro de 2007

O Cuidador



Tempos loucos estes em que mães saem de casa para perceber a participação nos ganhos da casa e têm que deixar seus pequenos aos cuidados de confiáveis estranhos. Trabalhadoras angustiadas, filhos idem.
Tempos modernos, fazer o quê?
Não me perguntem se certo ou errado, pois a resposta é complexa (embora no meu íntimo ache que se inclina mais para o errado, principalmente quando muito pequenos – ops! mais angústia!)
René Spitz (1887-1974) foi o psiquiatra que inaugurou o estudo da relação do desenvolvimento das crianças com o seu meio (= cuidador, basicamente). Em seu “Hospitalismo”, Spitz analisou comportamento de crianças abandonadas em instituições (algo bem mais dramático do que as atuais creches ou babás, claro). Com poucos meses de deprivação emocional (embora tivessem suas necessidades fisiológicas satisfeitas) iam se transformando em crianças alheias ao mundo que as cercavam, a maioria de forma irreversível (muitas morriam em poucos meses ou anos).
Spitz queria, com isso, contrapor a idéia freudiana de que às crianças pequenas interessava apenas a realização de seus instintos básicos (calorias, higiene, etc., providenciados pelo id). Seres humanos são mais complexos do que isso. Têm ego. Precisam da interação profunda com os cuidadores (= amor) para desenvolverem suas personalidades de forma mais adequada para o todo e sempre.
Instituições como creches e escolinhas podem ser maravilhosas em muitos aspectos. Babás podem ser quase perfeitas. Mas nunca irão substituir o amor maternal, instintivo, forte, inabalável como uma rocha.
Falando em rocha, fiquem as mães com o tremendo peso na consciência ao decidirem entre sua vida profissional e independência e os cuidados dos filhos.
(não, não estou pedindo para que fiquem, estou lamentando, apenas!)




Metáfora




É um medroso, apesar do tamanhão. É um pincher ao contrário.

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