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21 de setembro de 2007

Perfil



Um dos conceitos de mais difícil compreensão por parte dos pacientes é este tal de “perfil lipídico”.
Tentarei, então, explicá-lo de uma forma mais simples:

Imagine que não houvesse as moléculas carreadoras ou transportadoras (aquelas que levam as gorduras para lá e para cá, dentro do nosso sangue - são elas: HDL, LDL e VLDL).
O que aconteceria?
Todo e qualquer tipo de gordura que comêssemos nos alimentos (e, além disso, todo o carboidrato em excesso, que acaba por se transformar em gordura) apareceria no nosso sangue basicamente numa só forma: os triglicerídeos.
Os triglicerídeos são, então, o que poderíamos chamar de “o grosso” da gordura que corre solta dentro dos nossos vasos sangüíneos.
Acontece que as moléculas carreadoras existem!
Os triglicerídeos são, dessa forma, “captados” pelo VLDL e LDL para serem levados aos tecidos (como por exemplo, ao tecido gorduroso para depósito).
Quando se “fotografa” (quando se dosa) o LDL e o VLDL do sangue, se está fotografando a ida da gordura (triglicerídeos) para os depósitos (inclusive para os depósitos nas chamadas placas ateromatosas dos vasos sangüíneos, aquelas que irão causar a arteriosclerose).
Quando se “fotografa” o HDL, se está fotografando a limpeza dos depósitos de gordura (o HDL está levando gordura para ser metabolizada – “limpa”- pelo fígado).
Por este motivo, queremos que haja bastante HDL (significando limpeza de gordura eficiente) e pouco LDL, VLDL (transporte de gordura para os depósitos), assim como poucos triglicerídeos (gordura “solta pelo sangue” – esta a que mais reflete se o paciente anda se cuidando na alimentação).

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