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17 de agosto de 2007

Alta Tensão




Dois “interessantes” (não para as vítimas) acidentes reportados recentemente na literatura médica:
No primeiro deles, uma daquelas moças a que chamam de corajosa – prefiro parafusos a menos – se atirou do precipício atada a uma corda (é, bungee jumping, mesmo!). Tudo aparentemente bem após o salto, exceto que estava enxergando menos do olho esquerdo. Diagnóstico: hemorragia da mácula, a parte da retina responsável pela visão detalhada (e de cores também). Motivo: ao se contrair no final da queda (uma situação chamada de manobra de Valsalva, esforço parecido com aquele relacionado ao parto, evacuação, tosse, etc., só que neste caso um pouco mais intenso), os vasos sangüíneos da região não resistiram. Felizmente para ela, a cirurgia corrigiu o problema.
No outro, um – digamos assim – “desavisado” corria sob a chuva num parque ouvindo tranquilamente o seu iPod quando, adivinhem, um raio caiu numa árvore ao seu lado. Embora o raio não o tenha atingido em cheio, o distinto cavalheiro foi arremessado a mais de dois metros de distância. E, pior: com todos os músculos do corpo em violenta contração pela descarga elétrica (uma cena muito parecida com a de um peixe recém-retirado da água). A contração muscular foi tão violenta que fraturou a sua mandíbula!
Sem headphones, teria sido isso. Ocorre que, ao combinar suor e aparelho metálico na cabeça, a carga elétrica que teria tendência a “correr por fora” do seu corpo (fenômeno chamado de “flashover”, ainda assim com algum estrago) penetrou a vítima, causando ruptura bilateral das membranas timpânicas e fratura dos ossículos do ouvido médio. Literalmente, um tremendo estrago, também devidamente reparado.
Da próxima vez, ambos poderiam combinar o programa completo: pular de bungee-jumping de headphone na chuva.

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