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1 de maio de 2007

"Peito"


Nos últimos anos, quando crianças recebem o diagnóstico de diabete melito tipo 1 (aquela que depende de injeções diárias de insulina e de início na infância ou em adultos jovens), os pais se apegam à esperança de que nos anos vindouros, haja um tratamento definitivo, curativo, para a doença. A palavra que vem à mente costuma ser: célula-tronco.
Provavelmente o estudo científico mais comentado no mundo inteiro no mês passado foi de um grupo de cientistas brasileiros (da USP de Ribeirão Preto), embora não exatamente apenas pelo vanguardismo científico nacional (como o governo brasileiro se apressou em encampar). Parte importante do motivo (não muito detalhado pela mídia) foi o fato de que nos Estados Unidos certamente comitês de ética “cairiam de pau” em cima dos pesquisadores - parte da própria mídia também o fez – porque há muito risco envolvido para os pacientes, há poucas certezas (mesmo em relação aos mecanismos de ação do tratamento proposto) e também porque há poucos experimentos de longo prazo em animais. A pressa em mostrar resultados, embora tão esperados, também é criticada.
E o que foi o tratamento?
Uma das modalidades de transplante de células-tronco, o transplante autólogo, de células presentes no sangue dos próprios pacientes. Estas, depois de retiradas, são “recolocadas” (após o paciente ter passado por um processo de destruição das células de defesa “defeituosas”, que no caso dos diabéticos tipo 1, passaram a destruir as células do pâncreas).
Embora não haja nenhuma certeza quanto aos resultados de longo prazo (a maior probabilidade, apostam os críticos e mostram os próprios resultados do período final do estudo, é de que não sejam tão bons assim), a pesquisa já representa um marco no tratamento da condição.
Fica para depois a discussão ética da transferência destes tipos de pesquisa para pacientes de “segunda classe” dos países de terceiro mundo.
* * *
(Primeiro de Maio me deu vontade de trabalhar de novo. Então, novas bobagens no Um Macaco Fonia. Confiram, tive coragem...)

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