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15 de maio de 2007

O Ente Espelho


Em primeiríssimo lugar, não devíamos estar tão preocupados assim com aparências, mas este é o mundo em que vivemos – infelizmente, neste aspecto, eu diria – então vamos lá.
Há por aí milhares e milhares de pessoas – de todas as faixas etárias – querendo ser diferentes na aparência, buscando uma aparência física ideal. Por mais que se tente incutir nestas pessoas a noção de que aparência é um atributo basicamente genético, não há jeito: a vontade - a necessidade, até - de se ver transformado em algo belo, objeto de desejo dos outros, costuma ser muito maior que a razão.
Uma dica, então, para que não se desperdice a vida atrás de objetivos absurdos (como temos visto) é a seguinte:
Lembra-se daquela famosa frase de briga de criança: “Vá procurar alguém do seu tamanho”?
Pois é. Esteticamente também deveríamos assim proceder. Podemos até nos comparar com outros, é humano*. O problema é onde buscamos os modelos para comparação. Digo aos meus pacientes pré-adolescentes e adolescentes: se você nasceu para ser um Michael Jordan, pare de se espelhar no Sylvester Stallone.
Além do mais, onde estaria, por exemplo, a beleza da Renée Zellweger se ela estivesse preocupada em ser uma Nicole Kidman (tricô: embora ambas fiquem às vezes até meio parecidas)?

* Mas, melhor do que isso, idealmente, não se espelhe em ninguém, seja você mesmo! O curioso (veja como as coisas são perfeitas na natureza) é que em atributos mais, digamos assim, nobres como coragem, liderança, lealdade, honestidade, etc. podemos buscar comparações com quem quer que seja. É possível chegar lá aonde outros chegaram, embora também não sem algum esforço (mas certamente valerá muito mais a pena).
-Isso não conquista ninguém – respondem os adolescentes.
É, acho que pode ser verdade, mesmo. Mas deveria!!!

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