Mostre-me uma pessoa tomando Coca-Cola Light e eu te mostrarei alguém magro. Mostre-me alguém consumindo Coca “normal” e eu te mostrarei alguém gordo.
Por que será que isso não é verdade?
Suspeito que seja porque o consumo de alimentos com ou sem adoçantes seja apenas uma agulha no palheiro das múltiplas (e muito mais importantes) causas da obesidade. Além do mais, os adoçantes alteram o comportamento alimentar (para mais, infelizmente) dos seus usuários, dentre outros motivos pela interferência na liberação da insulina e pela modificação na capacidade do cérebro de "perceber" calorias ingeridas (ou seja, um mau negócio, muitas vezes).
Enquanto isso, vamos nos tornando cobaias da indústria alimentar, principalmente da indústria de refrigerantes.
Recentemente a Coca-Cola brasileira substituiu o ciclamato e a sacarina pelo acesulfame-K (associado a uma dose menor de aspartame) no seu principal produto light.
Se o ciclamato era seguro – como até então se dizia - e o apreciado “gosto de parafuso” é quase o mesmo, o que houve para se efetuar a troca?
O motivo alegado para a troca é a tendência atual do blend (palavra chique para a mistura de componentes químicos). Teoricamente a associação do acesulfame-K com o aspartame torna o sabor ideal (pelo sinergismo, ou somação do efeito doce), com a necessidade de menores doses de cada um dos componentes.
Por que será que isso não é verdade?
Suspeito que seja porque o consumo de alimentos com ou sem adoçantes seja apenas uma agulha no palheiro das múltiplas (e muito mais importantes) causas da obesidade. Além do mais, os adoçantes alteram o comportamento alimentar (para mais, infelizmente) dos seus usuários, dentre outros motivos pela interferência na liberação da insulina e pela modificação na capacidade do cérebro de "perceber" calorias ingeridas (ou seja, um mau negócio, muitas vezes).
Enquanto isso, vamos nos tornando cobaias da indústria alimentar, principalmente da indústria de refrigerantes.
Recentemente a Coca-Cola brasileira substituiu o ciclamato e a sacarina pelo acesulfame-K (associado a uma dose menor de aspartame) no seu principal produto light.
Se o ciclamato era seguro – como até então se dizia - e o apreciado “gosto de parafuso” é quase o mesmo, o que houve para se efetuar a troca?
O motivo alegado para a troca é a tendência atual do blend (palavra chique para a mistura de componentes químicos). Teoricamente a associação do acesulfame-K com o aspartame torna o sabor ideal (pelo sinergismo, ou somação do efeito doce), com a necessidade de menores doses de cada um dos componentes.
Mas o maior benefício da mudança (para a empresa) foi a retirada do polêmico ciclamato da fórmula da Coca Light. Em todos os outros produtos light, entretanto, o ciclamato continua (Coca Light Lemon, Fanta Light, Kuat Light e Sprite Zero).
Se você ainda não teve a curiosidade de visitar o site da Coca-Cola brasileira, veja o que a companhia tem a dizer sobre a segurança do ciclamato na faixa etária pediátrica (minha principal preocupação):
“É preciso esclarecer que, em primeiro lugar, o público infantil não é o target* nem é o grande consumidor de produtos light. Nossa comunicação e propaganda não é dirigida a crianças menores de 12 anos”. (*alvo em inglês, tá?)
(Lembrem-se, então, consumidores, de reparar: as garrafas que os ursinhos polares seguram nos comerciais não é light!)
E adiante:
“Não se espera, por exemplo, que uma pessoa consuma diariamente quase um litro de Coca-Cola Light Lemon. Isto é considerado consumo excessivo, se feito todos os dias”.
Ah, tá... Toda essa montanha de publicidade para que não se espere o consumo! (o interessante é que este texto é uma resposta à alegação do IDEC de que se uma criança de 30 Kg – já bem grandinha, de quase dez anos, em média, imagine uma "criancinha" – consome uma lata – de 350ml, não “quase um litro” - diária de Sprite Zero, já excede o limite diário de ciclamato).
Mais um fato curioso: o ciclamato na terra natal da Coca-Cola não é permitido (ou seja, está ausente dos seus refrigerantes).
Voltando ao acesulfame-K, veja o que tem a dizer a séria ONG Center for Science in the Public Interest (uma tremenda “pedra no sapato” das indústrias):
“Os testes de segurança foram conduzidos nos anos 1970 e são de qualidade medíocre. Cobaias ‘chave’ foram afetados por doenças; um dos estudos foi vários meses mais curto do que deveria ter sido e não expôs os animais durante a gestação. Dois dos estudos sugeriram que o aditivo possa causar câncer.(...) Além do mais, altas doses de acetoacetamida, um subproduto, afetou a tireóide de ratos, coelhos e cães”.
Está na lista “negra” do CSPI (juntamente com o ciclamato, este por ser pelo menos um potencializador de outros agentes cancerígenos) dos aditivos a serem evitados.
Com a palavra...
Quem?
Se você ainda não teve a curiosidade de visitar o site da Coca-Cola brasileira, veja o que a companhia tem a dizer sobre a segurança do ciclamato na faixa etária pediátrica (minha principal preocupação):
“É preciso esclarecer que, em primeiro lugar, o público infantil não é o target* nem é o grande consumidor de produtos light. Nossa comunicação e propaganda não é dirigida a crianças menores de 12 anos”. (*alvo em inglês, tá?)
(Lembrem-se, então, consumidores, de reparar: as garrafas que os ursinhos polares seguram nos comerciais não é light!)
E adiante:
“Não se espera, por exemplo, que uma pessoa consuma diariamente quase um litro de Coca-Cola Light Lemon. Isto é considerado consumo excessivo, se feito todos os dias”.
Ah, tá... Toda essa montanha de publicidade para que não se espere o consumo! (o interessante é que este texto é uma resposta à alegação do IDEC de que se uma criança de 30 Kg – já bem grandinha, de quase dez anos, em média, imagine uma "criancinha" – consome uma lata – de 350ml, não “quase um litro” - diária de Sprite Zero, já excede o limite diário de ciclamato).
Mais um fato curioso: o ciclamato na terra natal da Coca-Cola não é permitido (ou seja, está ausente dos seus refrigerantes).
Voltando ao acesulfame-K, veja o que tem a dizer a séria ONG Center for Science in the Public Interest (uma tremenda “pedra no sapato” das indústrias):
“Os testes de segurança foram conduzidos nos anos 1970 e são de qualidade medíocre. Cobaias ‘chave’ foram afetados por doenças; um dos estudos foi vários meses mais curto do que deveria ter sido e não expôs os animais durante a gestação. Dois dos estudos sugeriram que o aditivo possa causar câncer.(...) Além do mais, altas doses de acetoacetamida, um subproduto, afetou a tireóide de ratos, coelhos e cães”.
Está na lista “negra” do CSPI (juntamente com o ciclamato, este por ser pelo menos um potencializador de outros agentes cancerígenos) dos aditivos a serem evitados.
Com a palavra...
Quem?
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