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25 de julho de 2006

Água Mole...


Sem insulina para transportar a glicose para dentro das células do corpo, nosso sangue se transforma em algo parecido com uma garapa.
Dentre as várias conseqüências adversas, vasos sangüíneos do nosso rim vão aos poucos se cristalizando, funcionando tão bem quanto uma “maçã do amor” (a maior causa do uso de hemodiálise é a parada do funcionamento dos rins causada pela diabete).
Hoje em dia sabe-se que mesmo as células do cérebro funcionam de forma diferente na ausência de insulina. Este seria um mecanismo importante de perpetuação da obesidade: pacientes com “insulina deficiente” teriam inclusive o apetite diferente das demais pessoas.
Um grande problema é que a instalação da diabete tipo 2 não dá aviso. Nenhum alarme soa quando judiamos da nossa insulina, com lautas refeições (pais que nos informam orgulhosos que os filhos “comem que nem um leãozinho” deveriam nos comunicar o fato pesarosamente) ou com inatividade física, uso de anticoncepcional, fumo, etc.: nosso pâncreas (a “fábrica” da insulina) é um órgão melindroso.

É claro que de novo o componente genético tem grande importância. Mas o que se percebe atualmente é que mesmo em quem tem este componente “fraco” termina por desenvolver a diabete.
Por isso, pais com histórico de diabete na família (quem não tem?): falem menos em comida e mais em brincadeiras, esporte, natureza, etc. para seus filhos.

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