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21 de julho de 2006

Não Faz Isso, Filhão!


Comportamentos de risco em adolescentes não costumam ter, ao contrário do que se pensa, origem na desinformação.
Os adolescentes de hoje são, na média, muito mais informados que os de épocas passadas.
Por que, então, se colocam em situações de risco com tanta freqüência?
Em parte pelo fenômeno denominado otimismo não-realista, que nada mais é do que a “velha” maneira de pensar: coisas ruins acontecem com outros, não comigo (muitos adultos também pensam assim). É um mecanismo de defesa psicológico, talvez para que não vivamos em pânico.
Outro motivo é o de que a balança: prazeres imediatos X conseqüências a longo prazo costuma pender muito mais para o lado da primeira, também natural nesta fase em que parecem ter toda uma vida pela frente. *
Ainda: o desenvolvimento da autonomia, próprio da fase, se afirma justamente no desafio das autoridades (pais, professores, autoridades legais).
Além disso, a influência do grupo costuma ser importante (e tanto mais quanto maior for a ligação com o grupo).
Mudanças de tais comportamentos (sejam eles sexuais, de conduta, etc.) exigem que os pais exerçam autoridade sim, porém com respeito aos valores dos adolescentes e à sua autonomia, ainda que esta deva ser limitada pela razão.
(nota: muitos dos jovens que levam a vida perigosamente são portadores de problemas psiquiátricos – às vezes não diagnosticados – como TDAH, transtorno bipolar, transtornos de personalidade e de conduta).
* lembremos que estas características são dependentes da incompleta formação do lobo pré-frontal.

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