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2 de julho de 2006

Choro de Perdedor


(Se o Ribe Ri e o à Ri, Não Sou Eu Quem Vai Chorar)

Em 82, chorei. Em 86, novamente. E, posto que fosse Copa, Copiosamente.
Ontem, nem que houvesse assistido ao jogo descascando cebola.
Ah, amadureceu...
Não, quanto mais velho fico, mais doido tenho estado para me emocionar. Apenas que com algo que valha realmente a pena.
O congraçamento visto durante o jogo entre jogadores das duas seleções novamente ontem em campo (achei que tinha visto tudo ao assistir ao Deco sentado no banco holandês em conversa animada, após ter sido expulso) nos mostra que a Copa se transformou num torneio de férias para os jogadores: amigos que se encontram para disputar algumas partidas com outras camisas (alguns jogadores estranham, Brazil era com “s”?), após cansativas temporadas em clubes europeus, estes sim os que importam, pois que pagam nossos salários e acolhem nossas famílias como se de países desenvolvidos fôssemos.
Bebidas, celulares, contas bancárias, eletrodomésticos e artigos esportivos vendidos, voltemos ao nosso dia-a-dia, com novas propagandas de bebidas, celulares, contas bancárias, eletrodomésticos e artigos esportivos.
É mais um grave efeito colateral da globalização: despojaram-nos das emoções genuínas, das válvulas de escape. Busquemos, então, competições mais verossímeis para investirmos nossas lágrimas. Bocha ou cuspe à distância, por exemplo.
(e não esqueça: hoje há nova postagem no "Um Macaco Fonia"!)

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