Não sei quantas milhões de vezes já ouvi a pergunta:
-Se a criança tem febre é porque tem alguma infecção, não é?
Sei que pais não gostam de ouvir o diagnóstico “provável virose” e sinceramente não acho que tenham que gostar.
Agora, que é o diagnóstico mais comum na maioria das crianças febris, é. *
O termo “virose” engloba os resfriados, as gripes e algumas doenças mais específicas. Exemplos comuns são a hepatite viral, eritema infeccioso, dengue, citomegaloviroses e outras, que muitas vezes (a maioria das vezes, na verdade) não chegam a apresentar sintomas mais “floridos”, por questões como saúde prévia à doença, estado imunológico, menor agressividade do vírus, etc.
Além disso, “invasões” da corrente circulatória por bactérias (as chamadas bacteremias ocultas, que apresentam uma freqüência de até mais de 20% dos casos de crianças febris abaixo dos 2 anos de idade) também podem e costumam ser autolimitadas, mas são rotuladas como “viroses” erroneamente, embora a evolução para a cura seja da mesma forma a regra para a maioria.
Então, empregue-se o termo que se empregar, o que importa é a compreensão do que ocorre no organismo febril.
Penso que já seja hora de se nomear esta situação mais apropriadamente. Aqui vai uma modestíssima sugestão:
PROCAPNI: provável reação orgânica causada por agente patogênico não-identificado.
Que tal?
(Não, acho que não gostaram...)
* Lembrando: outras doenças não-infecciosas (como as doenças reumáticas, por exemplo) também podem causar febre.
-Se a criança tem febre é porque tem alguma infecção, não é?
Sei que pais não gostam de ouvir o diagnóstico “provável virose” e sinceramente não acho que tenham que gostar.
Agora, que é o diagnóstico mais comum na maioria das crianças febris, é. *
O termo “virose” engloba os resfriados, as gripes e algumas doenças mais específicas. Exemplos comuns são a hepatite viral, eritema infeccioso, dengue, citomegaloviroses e outras, que muitas vezes (a maioria das vezes, na verdade) não chegam a apresentar sintomas mais “floridos”, por questões como saúde prévia à doença, estado imunológico, menor agressividade do vírus, etc.
Além disso, “invasões” da corrente circulatória por bactérias (as chamadas bacteremias ocultas, que apresentam uma freqüência de até mais de 20% dos casos de crianças febris abaixo dos 2 anos de idade) também podem e costumam ser autolimitadas, mas são rotuladas como “viroses” erroneamente, embora a evolução para a cura seja da mesma forma a regra para a maioria.
Então, empregue-se o termo que se empregar, o que importa é a compreensão do que ocorre no organismo febril.
Penso que já seja hora de se nomear esta situação mais apropriadamente. Aqui vai uma modestíssima sugestão:
PROCAPNI: provável reação orgânica causada por agente patogênico não-identificado.
Que tal?
(Não, acho que não gostaram...)
* Lembrando: outras doenças não-infecciosas (como as doenças reumáticas, por exemplo) também podem causar febre.
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