Algumas normas ministeriais e de secretarias de saúde insistem em transformar pediatras em seres não-pensantes (talvez porque – “alas”- estejamos mesmo deixando de sê-lo).
A última “moda” é o que vem embutido em algumas carteirinhas de saúde: a partir dos 6 meses de idade, leve seu bebê para a suplementação de ferro *(ponto final!).
Então, mães agora chegam ao pediatra pedindo - ou mandando: quero ferro! (ops!)
Será mesmo que todas as crianças precisam suplementação de ferro a partir dos 6 meses? Fomos “construídos” também com este “defeito”?
Aparentemente (fato ainda não confirmado), crianças com o sistema imune novato se beneficiam de algum grau de deficiência de ferro (não mais do que a deficiência “providenciada” pela natureza) no combate a alguns tipos de germes.
Alguns germes (bactérias, principalmente) também se alimentam de ferro. Se este está disponível em quantidades maiores nas células da pessoa infectada, as bactérias agradecem e podem dificultar a cura de certas infecções.
Doses acima de 2mg/kg/dia de ferro (doses usadas frequentemente) podem aumentar o risco de infecções importantes como a pneumonia, e mesmo doses mais baixas podem facilitar o aparecimento de doenças como a tuberculose e a Aids!
Além disso, o ferro é um pro-oxidante (aumenta a produção de radicais livres, causando um maior stress celular, com efeito potencial de danos ao material genético celular, notadamente nos indivíduos que não apresentam índices baixos de ferro no organismo). Há relatos inclusive de alguns tipos de câncer com uso prolongado de ferro.
Ou seja, é a velha receita de não haver receita pronta para nada. Há que se analisar a necessidade de suplementação caso a caso (e, veja, não estamos negando a necessidade em muitos casos).
E o paradoxo reside no fato de que serão justamente as mães com melhores condições sociais (as que podem “se dar ao luxo” de ler carteirinhas de saúde, cujos filhos costumam ter bons níveis de ferro) aquelas que estarão solicitando a suplementação.
A última “moda” é o que vem embutido em algumas carteirinhas de saúde: a partir dos 6 meses de idade, leve seu bebê para a suplementação de ferro *(ponto final!).
Então, mães agora chegam ao pediatra pedindo - ou mandando: quero ferro! (ops!)
Será mesmo que todas as crianças precisam suplementação de ferro a partir dos 6 meses? Fomos “construídos” também com este “defeito”?
Aparentemente (fato ainda não confirmado), crianças com o sistema imune novato se beneficiam de algum grau de deficiência de ferro (não mais do que a deficiência “providenciada” pela natureza) no combate a alguns tipos de germes.
Alguns germes (bactérias, principalmente) também se alimentam de ferro. Se este está disponível em quantidades maiores nas células da pessoa infectada, as bactérias agradecem e podem dificultar a cura de certas infecções.
Doses acima de 2mg/kg/dia de ferro (doses usadas frequentemente) podem aumentar o risco de infecções importantes como a pneumonia, e mesmo doses mais baixas podem facilitar o aparecimento de doenças como a tuberculose e a Aids!
Além disso, o ferro é um pro-oxidante (aumenta a produção de radicais livres, causando um maior stress celular, com efeito potencial de danos ao material genético celular, notadamente nos indivíduos que não apresentam índices baixos de ferro no organismo). Há relatos inclusive de alguns tipos de câncer com uso prolongado de ferro.
Ou seja, é a velha receita de não haver receita pronta para nada. Há que se analisar a necessidade de suplementação caso a caso (e, veja, não estamos negando a necessidade em muitos casos).
E o paradoxo reside no fato de que serão justamente as mães com melhores condições sociais (as que podem “se dar ao luxo” de ler carteirinhas de saúde, cujos filhos costumam ter bons níveis de ferro) aquelas que estarão solicitando a suplementação.
* O ferro é o elemento usado no tratamento da anemia mais comum da infância.
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