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15 de junho de 2006

O Mundo é Uma Bolha


É evidente que Parreira teria um plano B. Ou vários planos B. Com Robinho, Juninho Pernambucano e até com Fred (que poderia tranquilamente ter sido substituído por uma estátua sua, visto que não deverá jogar mesmo que Ronaldo literalmente morra em campo).
Quem não dispõe de um plano B, no entanto, são as poderosas multinacionais que patrocinam a presença de Ronaldo em campo (Nike, Antártica, TIM, Santander, quem mais?). Não podem elas simplesmente apagar a famosa face dentuça e substituí-la pela do Robinho nos comerciais da Copa. Então teremos – mas nós somos apenas alguns poucos milhões – que assistir conformados a uma das mais patéticas fraudes esportivas: a presença apalermada de um ex-atleta na nossa seleção a atrapalhar o restante do time pela competição inteira.
Ronaldo paga (e já não é de agora) o alto preço dos juros da alma vendida ao diabo: seu organismo envelheceu (não somente engordou) numa velocidade parecida com a de seus antigos arranques em direção às áreas adversárias. Fruto de um anabolismo impressionante que o transformou de um menino franzino em um “touro” em pouquíssimo tempo no exterior. Isso não tem volta.
E a tragédia pessoal se completa pelo fato de que, tendo sido tratado como “fenômeno” desde a infância, não se preparou para o fracasso, para as vaias de um estádio, de um país inteiro.
(PS.: isto ainda é um blog para assuntos pediátricos, mas em tempos de Copa do Mundo eu não resisto...)

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