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14 de junho de 2011

Onde Está a E. Coli? - Bactérias Resistentes



Não sei se você tem acompanhado a saga da bactéria E. coli pela Europa (“é na Europa, não é aqui, vou me preocupar pra que”, né?).
Há algum tempo que se tenta achar a fonte. Chega a ser até meio engraçado: É o pepino da Alemanha? O tomate da Espanha? Os últimos a sentarem no banco dos réus são os brotos (de feijão, da alfafa e da soja), alimentos típicos dos que têm maiores preocupações com uma alimentação saudável (!).
Se a gente andar um pouco pra trás no tempo (mais ou menos 5 anos), vai lembrar que o vilão alimentar que abrigava a temida E. coli eram os já vilipendiados hambúrgueres McDonaldianos (foi mais fácil malhá-los; agora, “inocentes” brotinhos?).
Questionando um amigo carioca sobre o risco de se viver no Rio em tempos de violência, me disse:
“Vive-se. Ser vítima de violência é conseqüência de duas coisas: estar no lugar errado e na hora errada”.
O mesmo vale para as toxi-infecções por E. coli (ou, como de resto, para qualquer bactéria alimentar): não ocorrem a toda hora, são minoria os afetados.
No Peru (desculpe os peruanos) ou na Índia (desculpe os indianos) vai ser muito mais fácil acontecer. Mas ali as bactérias já meio que convivem com lhamas e macacos à mesa, bichos quase todos domesticados.
Nos países desenvolvidos são um perigoso subproduto do próprio desenvolvimento. As mesmas E. coli que habitam pacificamente nossos intestinos e vez ou outra causam infecções urinárias tratadas com poucas doses de antibiótico, tornam-se “vitaminadas” pelo abuso dos mesmos em pessoas e rações animais.
E aí, você pode pensar: “Grande coisa, tomo um antibiótico e pronto!”.
Aí o grande busílis da E. coli: quando se usa antibiótico é que os problemas aparecem (o tratamento é de suporte em UTI e exclui o antibiótico!).