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20 de janeiro de 2009

Piscômetro


Já deu pra perceber que quando estamos muito interessados em ver alguma coisa (a vizinha trocando de roupa quando se tem 10 anos de idade é um bom exemplo), pouco piscamos.
É provavelmente o que acontece com crianças pequenas, foi o que descobriu um grupo de neurologistas (o GNDQNTNMF, “grupo de neurologistas desocupados que não tem nada melhor pra fazer”) em artigo antiguinho dos Anais de Neurologia de 1979 (quando eu e você provavelmente ainda piscávamos muito pouco).
A média de piscadas que nos adultos gira em torno de 15 a 20 por minuto, baixa a impressionantes duas piscadas por minuto nos bebês.
Além do interesse no mundo novinho em folha, outras prováveis explicações podem ser a imaturidade do reflexo de piscar e o maior tempo que se passa dormindo nesta idade.
Na última década, com o advento do computadorismo estamos voltando a piscar muito menos do que deveríamos. Trabalho apresentando em recente convenção de ergonomia na Suécia (outros desocupados!) mostrou que a média de piscadas ao computador (nos adultos) é de 10 por minuto. Um perigo (piscar protege os olhos ao recobri-los com uma camada de lágrima com dupla função: remoção de pequenas “sujeiras” e anti-séptica)!

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