Procure por assunto (ex.: vacinas, febre, etc.) no ícone da "lupinha" no canto superior esquerdo

30 de janeiro de 2009

Frágil Argamassa


Considere a profissão do arquiteto:
Imagine-o conhecendo seus clientes, os futuros felizes moradores das casas por ele construídas.
Estes clientes o visitam com alguma regularidade, muitos se tornam mesmo seus caros amigos.
Casas (ou prédios, ou escritórios) construídas, clientes felizes, dinheiro no bolso do profissional, até que...
Bem, até que algumas casas caem, desmoronam mesmo, soterrando consigo seus ex-clientes, muitos deles seus ex-amigos e parentes.
Na grande maioria das vezes, não por culpa do arquiteto. Mas simplesmente porque, ora, às vezes casas caem! É, digamos, normal.
O conhecimento arquitetônico atual – o arquiteto aprende cruelmente durante sua formação – ainda não consegue (e provavelmente nunca conseguirá) manter em pé certos tipos de casa (ou prédios, ou escritórios). Deve ele no máximo sugerir algumas escoras.
“Não desanime”, “Não pire”, “Mantenha um saudável distanciamento” – aprende a dizer para si mesmo.
O que são alguns clientes “perdidos” quando suas casas caem? Então não há tantos outros clientes satisfeitos (embora alguns deles se afastem pela perda da sua reputação na queda de uma ou outra casa)?
Ânimo, vamos lá, que tem mais – a sorridente secretária avisa – ansiosos clientes à porta.

Você que não é médico, às vezes pense nisso.

“Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco”
Edmund Burke

Nenhum comentário: