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22 de abril de 2008

A Escolha de Sofiinha*


Novos pais têm expectativas diferentes quanto aos seus futuros filhos, mas o que é unânime é o desejo de que sejam saudáveis.
Por isso, à primeira vista pode parecer assustador o método publicado pelo NIH (National Institute of Health – instituto americano que publica normas sobre saúde) sobre as probabilidades de sobrevida – e das seqüelas – de crianças nascidas muito prematuramente (abaixo de 25 semanas, menos de 6 meses de gestação).
O programa se utiliza de dados como o peso ao nascimento, idade gestacional e sexo (bem como gemelaridade e uso de medicamentos para acelerar a maturação do pulmão fetal) para estimar a sobrevivência na melhor das hipóteses do recém-nascido.
Não é um definidor de condutas. Não “manda” que a equipe da maternidade abandone ou intensifique cuidados. Mas é útil para médicos e inclusive para os pais para que entendam que prematuridade extrema significa risco, tanto imediato quanto futuro (seqüelas de longo prazo).
Um exemplo: um recém-nato masculino de 24 semanas (5 meses), colocado em respirador terá chance máxima de ± 20% de sobrevida sem seqüelas importantes.
(curiosamente prematuros do sexo feminino têm maiores chances de sobrevida, fato ainda inexplicado).

* Para os mais novos, o filme A Escolha de Sofia aborda a absurda escolha de uma mãe polonesa no campo de concentração nazista (entre qual dos dois de seus filhos deve morrer), termo hoje em dia utilizado para outros dilemas igualmente terríveis.

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