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23 de novembro de 2007

Xiii!...




-Por favor, senhor Leão, não urine neste local enquanto o senhor dorme, aqui é a sua cama. E, afinal de contas, o senhor já é um adulto, não fica bem!
O único animal que tem “hora marcada” para parar de fazer xixi na cama – e, por sinal, o único que pára - é o homem. Daí, como a Medicina quer ter respostas (e principalmente diagnósticos) para tudo, se criou a “patologicalização” (medicalização, vai) do ato de se molhar a cama.
Até aí morreu o Neves... (para os mais novos: até aí tudo bem, sem problema!).
O problema é que as mães (e às vezes médicos), ansiosas por verem uma cama sequinha, esquecem que:
• crianças até uma cerca idade molham mesmo as camas, sem que isso signifique doença ou anormalidade (pelo menos até próximo dos 5 a 6 anos de idade).
• crianças têm amadurecimento das suas capacidades de forma distinta umas das outras.
• a capacidade de não urinarem à noite depende – e muito – da postura dos pais a respeito. Quanto mais pressão, pior fica, normalmente.
• há uma tendência familiar na questão. Crianças que demoram em ter suas camas secas, quase sempre têm a mãe ou o pai ou um tio que demoraram a iniciar o controle.
• não contem para ninguém, mas cerca de 1 a 2% dos adultos às vezes molham suas camas!
• muitas vezes o molhar a cama mostra alguma dificuldade emocional – de caráter transitório, na maioria (p. ex., quando nasce um irmão).
Então, há que se ter cuidado com mais este motivo muitas vezes “criado” por médicos e indústria farmacêutica (ou os dois meio mancomunados) para se fazer exames, para se dar remédios (com potenciais reações adversas importantes) para um problema que no fundo, no fundo, é mais de cunho “social”.

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