Procure por assunto (ex.: vacinas, febre, etc.) no ícone da "lupinha" no canto superior esquerdo

19 de outubro de 2007

De Papo Cheio


Quando se quer que crianças – como, de resto, pessoas de qualquer idade – comam menos (ou menos “porcarias”) há que se ter muita psicologia para que o tiro não saia pela culatra.
Podem notar: assim como nas crianças que comem pouco, o “pegar no pé”, o forçar, o insistir, costumam ter efeito contrário, o mesmo acontece com os que têm o infeliz hábito de comer muito.
Táticas como: menosprezar os comilões (“Coma menos, olha como você está gordo!”), fazer dramas (“Ai, meu Deus, como você come...”) ou proibir que comam mais do que a gente gostaria que comessem quase nunca dão certo. Pior: costumam ter o efeito de aumentar a ansiedade em relação à comida.
O que fazer, então?
Muitas vezes o “não fazer” dá melhores resultados (principalmente quando se comparam grupos de pessoas em que se intervêm com grupos em que nada se faz). Sempre lembrando: um grande problema são as expectativas, é a cobrança de resultados. Muitas vezes um pequeno resultado – principalmente quando mantido – é melhor do que resultado nenhum ou resultado contrário (seja em relação ao peso ou a efeitos na saúde).
Em crianças, é melhor que a conscientização se dê com a maturidade, com a observação dos bons exemplos, ou mesmo com as “cacetadas” que elas mesmas levam de vez em quando.
Se já é doído para pessoas obesas se decepcionarem ao tentar comprar uma roupa “para magros”, por exemplo (ou ao ouvirem piadinhas ou comentários, ou ainda suportar olhares de reprovação), não há necessidade que as pessoas que realmente se preocupam com elas ponham mais “lenha na fogueira”!
------
-Ah! – me disse um paciente – Pra que tanta preocupação com a saúde? Essa vida é uma roleta russa, mesmo!
Sim. Mas a gente pode jogar com um tambor maior.

Nenhum comentário: