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27 de março de 2007

Perdi Peso! (E Daí?)


Desde o mês passado, perdi 4 quilos...
-E daí??
O que revela mais sobre sua aparência (ou sobre a sua saúde), o espelho ou a balança?
Claro, se eu tenho sempre visto você, de preferência pelado(a) (o que, convenhamos seria meio constrangedor), a informação acima (“Perdi 4 quilos”) pode me ser bastante útil.
Agora:
Como é que eu posso avaliar o que esta perda significa se eu não o tenho observado - sem roupa - de tempos em tempos? Perdeu mais gordura “localizada”? Perdeu massa muscular? Houve uma redistribuição de gordura (ou músculos) ou não? A perda foi por aumento na quantidade de exercício, por doença, ou por modificações na alimentação?
Além disso, como comparo um grupo grande de pessoas para saber quais estão “normais” e quais não estão (sem que eu tenha que juntá-los todos pelados numa praça)? Como estabeleço uma regra de “normalidade” para todos?
Para isso foi criado o conceito de composição corporal.
A avaliação da composição corporal (ou corpórea) pode ser feita de várias formas: desde a medição direta da gordura corporal com “réguas” (os chamados plicômetros) ou equipamentos mais sofisticados como o bioimpedanciômetro, a tomografia, etc. O resultado é dado em porcentagem de gordura e porcentagem de massa magra (massa muscular, basicamente). Há tabelas (de acordo com idade e sexo) para comparações*.
Claro que o próprio paciente costuma ter uma boa noção (olhando-se no espelho, por exemplo) se o que tem ganho (ou perdido) representa mais gordura ou massa muscular.
Na linha do “uma imagem vale mais que mil palavras”, veja uma comparação de pessoas que possivelmente têm o mesmo peso (pelo menos hipoteticamente): Mike Tyson, Oscar Schmidt e Jô Soares...
...mas que têm composições corpóreas totalmente diferentes (claro, Jô Soares com a maior quantidade de gordura corporal e Mike Tyson, a menor) !
Perdas ou ganhos de peso, então, têm significados diferentes em termos não só estéticos, mas também de saúde.
*Mais do que saber se 10 ou 20% de gordura está “bom” ou não, deve-se correlacionar a condição de saúde de cada paciente e monitorar o progresso de tempos em tempos (além da avaliação da massa corpórea, para a qual também existem gráficos, no caso das crianças).

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