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12 de março de 2007

Mestre Cuca


Tenho, muito modestamente, quebrado a cabeça para entender os motivos para o comportamento de jovens como as que apareceram no Globo Repórter (sobre obesidade infantil) da semana passada.
Uma das respostas que (até agora) me parece mais coerente é a de que quando jovens “enchem a cara” de doces e guloseimas (bem como quando os mais velhos “enchem a cara” de bebida – mesmo aqueles que particularmente parecem não desfrutar de grande prazer na ingestão alcoólica), estão inconscientemente sabendo que estão usufruindo de um prazer imediato, de duração muito curta. E, principalmente, sabem que qualquer outro ser humano, por mais “debilóide” que seja, tem a mesma capacidade de desfrutar do mesmo prazer (o mesmo vale, por exemplo, para o ato de assistir passivamente a algum programa na televisão).
São ações, portanto, que, por mais que se repitam ao longo do dia, parecem nunca trazer grande satisfação. Pior: deixam, após, um gosto amargo de derrota pessoal quando cometidos em exagero, o que faz buscar a repetição do ato com a finalidade de aliviar a ansiedade criada.
Já em outros tipos de atividade, naquelas construtoras da identidade (o que a psicologia chama de self) como a leitura de um livro, uma atividade física ou intelectual com algum claro objetivo (como entender o que está sendo lido, ou vencer um oponente num jogo), atividades, enfim, que exijam certas habilidades físicas ou mentais, o indivíduo costuma esquecer do tempo, desviando a atenção dos excessos de comida, bebida, televisão, etc.
Voltando ao caso das meninas mostradas no programa: há uma clara necessidade de envolvimento dessas crianças em atividades mais construtivas, que façam com que ocupem suas cabecinhas de forma ao mesmo tempo lúdica e concentrada, que façam com que se sintam mais importantes, capazes, para que deixem de ser “experts” apenas em encher a pança com alimentos altamente calóricos e pouco nutritivos.
Estes comportamentos, assim como muitos outros comportamentos destrutivos, funcionam como uma espécie de grito de socorro para seus pais. Cabe a eles ouvi-lo.

No Fim do Túnel

Cientistas da Universidade de Sheffield na Grã-Bretanha estão trabalhando na criação de um kit que permite identificar espécies diferentes de bactérias pela emissão de... luz! Moléculas criadas em laboratório unem-se às bactérias, emitindo raios luminosos que poderão ser detectados por lâmpadas fluorescentes.
Então, já sabe: no futuro, médicos provavelmente farão diagnóstico de nossas infecções nos apontando uma lanterna.

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