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11 de março de 2008

Ledo Engano



Por que algumas das indústrias farmacêuticas que mais lucram são as que fabricam “remedinhos” que levamos para casa quase como um troco, nas cestinhas e potes das farmácias?
Muito provavelmente porque, há muito tempo, descobriram o filão:
Há um grande percentual de pessoas que detestam tomar remédio.
Temem se sentirem vulneráveis, por qualquer motivo.
Pessoas assim (não é culpa delas, são características próprias de algumas personalidades, como os perfeccionistas, por exemplo, que enxergam certos acontecimentos com um “foco um pouco distorcido”) só recorrerão aos medicamentos em duas situações:
1) Quando não há mais jeito. Ou seja, quando seus problemas de saúde tornaram-se insuportáveis.
2) Quando não “enxergam” o que estão tomando como um medicamento, na verdadeira acepção da palavra.
Ocorre que muitos dos “remedinhos”, “pastilhinhas”, “chazinhos” que se toma por aí caem em duas categorias:
Ou são substâncias inócuas (não fazem nenhum efeito) em termos terapêuticos (mas que podem muitas vezes ter efeitos colaterais), ou são remédios “disfarçados”, vendidos sem necessidade de receita ou como indicação do balconista da farmácia.
Há cada vez mais remédios sendo liberados por órgãos oficiais (o FDA, Foods and Drugs Administration, órgão americano que regula a liberação e venda de medicamentos é o exemplo supremo) com cara de “OTC” (over-the-counter, termo usado para aqueles remédios dos quais nos servimos como quem compra balas no supermercado)!

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