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26 de fevereiro de 2008

Porrada


Não é que “idealmente o paciente deva estar informado sobre sua doença e ajudar o médico no seu tratamento, blá, blá, blá...”
Principalmente com o advento da Internet, o médico não “terá que descer do seu pedestal de conhecimento e buscar uma nova maneira de se relacionar com seu paciente, agora mais informado, blá, blá, blá...”
Médicos foram derrubados – à “porrada”, de informações agora obtidas pelos seus pacientes e familiares - do seu suposto pedestal.
É realmente maravilhoso nossos pacientes nos buscarem – ou saírem dos consultórios após diagnósticos – com várias fontes de “Convivendo com...” (p. ex.: a diabete, a hipertensão, a cefaléia, a artrite reumatóide).
O único grande, enorme porém é que pacientes (por mais informados que estejam – e é muito bom que seja assim) ainda são pacientes (embora muitos estejam se considerando “quase médicos”) e médicos ainda são médicos – ainda que um pouco tontos ou assustados com estas mudanças (mas talvez possam também se considerar “quase pacientes”, não seria bom?).
Médicos ainda servem e servirão para fazer o filtro, buscar o equilíbrio nas decisões terapêuticas, analisar informações do ponto de vista técnico, enfim.
Mas, claro, estamos todos nós tendo que mudar nossa maneira de nos relacionar, gostemos ou não, de cara feia ou felizes com clientes mais “difíceis de agradar”.

Conselho Ecológico:
-Doutor, meu filho já está com 20 anos e eu ainda não sei se ele anda afogando o ganso!
-Bom, pelo menos vê se não deixa ele queimar o marreco...

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