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31 de julho de 2007

Velho Caminho, Nova Explicação



Um experimento chave foi publicado neste mês na revista Science.
Foi mais ou menos assim:
Pegou-se um bando de ratos e os entupiram de comida.
O que deveria acontecer?
Como muita comida – e pouco exercício – desgasta a resposta das células à insulina, o organismo tenta compensar produzindo mais insulina. Esta insulina produzida a mais é, entretanto, uma “cópia pirata” da insulina original, de má qualidade. É o que acontece na diabete tipo 2: muita insulina, pouca ação da própria, elevados níveis de açúcar no sangue (até que o pâncreas se desgasta de vez e pára de produzir insulina por completo).
Apenas que, no experimento, as células dos ratos foram modificadas geneticamente para não perceberem este excesso de insulina.
Em alguns ratos todas as células do corpo foram modificadas. Em outros, apenas as células do cérebro.
Em ambos os casos os ratos passaram viver muito mais do que ratos “normais” (ao contrário da expectativa que se teria em ratos diabéticos). Todo seu metabolismo se tornou privilegiado, com maior ação das moléculas antioxidantes, maior queima de energia, maior agilidade física. Com isso, menos doenças como câncer, menos aterosclerose, menos degeneração cerebral (o equivalente ao Alzheimer).
Por que?
Níveis altos de insulina no cérebro (e aí é que está a novidade: apenas no cérebro, independente dos níveis no resto do corpo) “mandam avisos” para as outras células do corpo: degenerem, funcionem menos, envelheçam, enfim.
Até o momento não se descobriu medicações que façam a mesma mágica: que diminuam a insulina (ou a resposta a ela) no cérebro. Pior: a insulina usada como medicação para diabéticos aumenta o problema (diabéticos, porém, não podem, por enquanto, ficar sem ela).
Até o momento só se conhece maneiras prosaicas de diminuir insulina no cérebro, diminuindo a insulina do sangue, que banha o corpo todo.
Como?
De novo, as mesmas recomendações de estilo de vida que fazem o truque: exercícios e comer com moderação. Segredos para a vida longeva.

O artigo no qual me baseei diz: maneiras de se “envelhecer graciosamente”. Que lindo isso! Só perde pro “morrer como um passarinho”...

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