Na sua não-isenta revista Diálogo Médico (do laboratório Roche, direcionada à classe médica) de dezembro do ano passado, há uma reportagem sobre a “nova onda” de medicamentos, os chamados medicamentos biológicos.
Dentre outras vantagens citadas pela revista, os novos medicamentos (substâncias produzidas por organismos vivos, geralmente bactérias, modificadas geneticamente) trazem a promessa de serem “mais específicos, menos agressivos e praticamente impossíveis de copiar”, segundo a autora do artigo.
Pera lá!
É fato que para muitas doenças graves para as quais havia pouca esperança de solução - ou de uma razoável solução - estes novos medicamentos têm trazido grandes expectativas. Doenças como a hepatite C, alguns tipos de câncer, doenças sangüíneas sem dúvida têm agora novo e esperançoso arsenal terapêutico à disposição. Ponto.
Agora:
Quem disse (a indústria diz) que estes medicamentos são “menos agressivos”? Basta que se examine a incidência de efeitos colaterais (alguns deles que parecem dizer: “me devolva minha doença original”!) e as contra-indicações para seu uso. Medicamentos “antigos” (os de síntese química) também os têm, mas são conhecidos de longa data e, em muitos casos, são certamente menos severos.
Outra:
Quem disse que queremos medicamentos “impossíveis de copiar”? Certamente a indústria que fabrica estes medicamentos (caríssimos, aliás: para se ter uma idéia, o rituximabe, para artrite reumatóide pode custar cerca de 14.oo0 reais na dosagem requerida para 6 meses de efeito) quer. Pode se discutir os problemas dos genéricos, mas o fato de ser impossível de copiar não significa um benefício (compare com o que acontece na área da tecnologia, em termos de preços e benefícios para o consumidor, pense também no que acontecerá na questão das patentes, que tantos benefícios trouxe no tratamento da AIDS no Brasil).
Minha modesta opinião é de que, cada vez mais (a publicação da Roche estima que em 20 anos, mais de 80% das drogas serão biológicas) o consumidor final, o próprio paciente, terá a obrigação de estar informado e, juntamente com o médico, deverá ser chamado a tomar as decisões quanto ao seu melhor – e mais conveniente - tratamento.
* A figura acima foi roubada sem a intenção do preconceito estampado (não sei se repararam, mas no rótulo diz: “remédio completo para a mulher”. Ou seja, um homem engarrafado!)
Dentre outras vantagens citadas pela revista, os novos medicamentos (substâncias produzidas por organismos vivos, geralmente bactérias, modificadas geneticamente) trazem a promessa de serem “mais específicos, menos agressivos e praticamente impossíveis de copiar”, segundo a autora do artigo.
Pera lá!
É fato que para muitas doenças graves para as quais havia pouca esperança de solução - ou de uma razoável solução - estes novos medicamentos têm trazido grandes expectativas. Doenças como a hepatite C, alguns tipos de câncer, doenças sangüíneas sem dúvida têm agora novo e esperançoso arsenal terapêutico à disposição. Ponto.
Agora:
Quem disse (a indústria diz) que estes medicamentos são “menos agressivos”? Basta que se examine a incidência de efeitos colaterais (alguns deles que parecem dizer: “me devolva minha doença original”!) e as contra-indicações para seu uso. Medicamentos “antigos” (os de síntese química) também os têm, mas são conhecidos de longa data e, em muitos casos, são certamente menos severos.
Outra:
Quem disse que queremos medicamentos “impossíveis de copiar”? Certamente a indústria que fabrica estes medicamentos (caríssimos, aliás: para se ter uma idéia, o rituximabe, para artrite reumatóide pode custar cerca de 14.oo0 reais na dosagem requerida para 6 meses de efeito) quer. Pode se discutir os problemas dos genéricos, mas o fato de ser impossível de copiar não significa um benefício (compare com o que acontece na área da tecnologia, em termos de preços e benefícios para o consumidor, pense também no que acontecerá na questão das patentes, que tantos benefícios trouxe no tratamento da AIDS no Brasil).
Minha modesta opinião é de que, cada vez mais (a publicação da Roche estima que em 20 anos, mais de 80% das drogas serão biológicas) o consumidor final, o próprio paciente, terá a obrigação de estar informado e, juntamente com o médico, deverá ser chamado a tomar as decisões quanto ao seu melhor – e mais conveniente - tratamento.
* A figura acima foi roubada sem a intenção do preconceito estampado (não sei se repararam, mas no rótulo diz: “remédio completo para a mulher”. Ou seja, um homem engarrafado!)
Dilúvio
Não sei quanto ao seu Carnaval, mas eu, ao retornar para casa após o feriado, peguei tanta chuva, mas tanta chuva, que o que eu imaginei fosse um pássaro à beira da estrada, descobri depois se tratar de um filhote de jacaré. Caia tanta água sobre o carro que, ao chegar, tive que reaplicar o insufilm. Sério. Deu câimbra nas asinhas do pára-brisa. Cheguei a ler numa placa: “Motorista, Atenção: Fim da Raia Dupla.”
Não sei quanto ao seu Carnaval, mas eu, ao retornar para casa após o feriado, peguei tanta chuva, mas tanta chuva, que o que eu imaginei fosse um pássaro à beira da estrada, descobri depois se tratar de um filhote de jacaré. Caia tanta água sobre o carro que, ao chegar, tive que reaplicar o insufilm. Sério. Deu câimbra nas asinhas do pára-brisa. Cheguei a ler numa placa: “Motorista, Atenção: Fim da Raia Dupla.”
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