Embora não seja exatamente da minha área, achei interessante o resultado do estudo com idosos que sofrem de demência.
Em primeiro lugar, por nos lembrar que nem toda demência é Alzheimer, como já se faz pensar automaticamente hoje em dia. Alzheimer tem todo um substrato molecular, dá alterações no cérebro visíveis à necropsia.
Velhinhos solitários, é claro, foram os que mais desenvolveram demência com o passar dos anos (quatro anos, no acompanhamento deste estudo). Boa parte destes idosos não tinha propriamente Alzheimer ao exame necrológico, e sim outras formas de demência. O que eles mostravam era o provável resultado da lei do uso e do desuso. Como se o cérebro dissesse: “Não estou tendo muita serventia – como de resto, meu dono também não – então, para que continuar funcionando?” Estes tipos de demência são, então, uma conseqüência de maus cuidados dos outros para com o paciente ou do próprio paciente para com ele mesmo (ao longo da vida, mas principalmente no seu fim).
Alzheimer, como retratado no filme Iris, às vezes pega cérebros ativos, úteis também, justamente porque se assemelha a outras doenças metabólicas (há uma “falha” bioquímica, com produção excessiva e depósito das chamadas proteínas tau e β-amilóide, tóxicas para a célula cerebral).
Um detalhe, no entanto, me parece relevante: solitários não podem ser encarados como um grupo homogêneo. Há solitários produtivos, há solitários que fizeram da solidão uma opção de vida (“Antes só...”), há os que são sozinhos, mas que não são absolutamente solitários (vide Chico Buarque).
Em primeiro lugar, por nos lembrar que nem toda demência é Alzheimer, como já se faz pensar automaticamente hoje em dia. Alzheimer tem todo um substrato molecular, dá alterações no cérebro visíveis à necropsia.
Velhinhos solitários, é claro, foram os que mais desenvolveram demência com o passar dos anos (quatro anos, no acompanhamento deste estudo). Boa parte destes idosos não tinha propriamente Alzheimer ao exame necrológico, e sim outras formas de demência. O que eles mostravam era o provável resultado da lei do uso e do desuso. Como se o cérebro dissesse: “Não estou tendo muita serventia – como de resto, meu dono também não – então, para que continuar funcionando?” Estes tipos de demência são, então, uma conseqüência de maus cuidados dos outros para com o paciente ou do próprio paciente para com ele mesmo (ao longo da vida, mas principalmente no seu fim).
Alzheimer, como retratado no filme Iris, às vezes pega cérebros ativos, úteis também, justamente porque se assemelha a outras doenças metabólicas (há uma “falha” bioquímica, com produção excessiva e depósito das chamadas proteínas tau e β-amilóide, tóxicas para a célula cerebral).
Um detalhe, no entanto, me parece relevante: solitários não podem ser encarados como um grupo homogêneo. Há solitários produtivos, há solitários que fizeram da solidão uma opção de vida (“Antes só...”), há os que são sozinhos, mas que não são absolutamente solitários (vide Chico Buarque).
* Se meu bávaro alemão não estiver me falhando: Idade + Solidão= Alzheimer?
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