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24 de outubro de 2006

A Bolsa ou a Vida


Esta discussão deu-se foi no New York Times, mesmo:
Com o sugestivo título “Uma Vida Mais Longa ou Outros Gastos” o economista David Leonhardt argumenta que os americanos costumam ter uma esperança irreal de viver mais e com maior qualidade sem querer arcar com os altos custos disso.
Cita o caso dos cidadãos dos anos 1950, que gastavam o equivalente a 500 dólares por ano, mas que não tinham muito o que esperar em troca deste “pequeno” valor (os gastos com saúde nos Estados Unidos hoje se aproximam dos 6.000 dólares anuais, e a expectativa de vida é uma década maior do que naquela época).
A pergunta parece óbvia:
O que você prefere: pagar 5.500 dólares extras ao ano com custos de saúde ou viver uma década a menos?
Não há soluções fáceis para o impasse em nenhum país do mundo (imagine para o nosso), e parece inadmissível que os gastos com saúde dobrem a cada sete anos – como tem acontecido - mas o autor do artigo enfatiza a necessidade das pessoas se convencerem de que terão que mexer mais nos seus bolsos para que possam usufruir de suas vidas por mais tempo e com melhor qualidade.
Trazendo o ensinamento para a nossa realidade, num futuro bem próximo, quem terá plano de saúde, por exemplo (seja ele privado ou contratado pela empresa), só contará com algo realmente útil caso este seja apropriadamente caro (o problema aqui está em: é caro pela qualidade ou é caro por ser mal gerido?).
A grande maioria das pessoas continuará contando com as filas, as brigas, o conformismo e a má qualidade, infelizmente.

Cada coisa que a gente desaprende na Internet:
No site
brazilbrazil.com há uma página dedicada à história da troca temporária das duas principais estátuas do mundo, supostamente ocorrida no ano de 1963. Tanto a estátua da Liberdade quanto a do Cristo Redentor teriam sido desmontadas e trocadas como uma forma de “política de boa vizinhança” entre os dois países.
Curiosamente, após a destroca (a da Liberdade era muito “gorda” para caber no nosso pedestal), o Cristo Redentor “girou” 180º (conforme mostra a foto no site).
Se não vale pela bobagem, vale dar uma conferida nos cartuns do Cristo Redentor (da série “rir para não chorar” com nossas desgraças).

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