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12 de dezembro de 2014

O Mistério do Sorriso Enigmático de Mona Lisa


O sorriso de uma mãe.
Seria esse o grande segredo da obra mais famosa da pintura mundial*, a Mona Lisa.
Mona Lisa que, aliás, segundo o documentário exibido pelo canal franco-alemão Arte ("La Joconde Dévoilée", "A Gioconda Desvendada"), teria entrado de gaiata na história tão cheia de mistério do quadro de Leonardo da Vinci.
A verdadeira Mona Lisa (ou apenas Lisa, dado que "Mona" não é um nome, significa "Dona" em italiano, "Monna", com dois "n") a terceira esposa de um comerciante de seda da cidade italiana de Florença, originou o nome pelo qual é conhecida a obra. Mas não seria ela a verdadeira retratada - até porque um "mero" comerciante não teria estofo (grana) para encomendar um quadro do já famoso (e caro demais) pintor. A confusão foi gerada pelo historiador oficial da época Giorgio Vasari, que nunca viu o retrato mas supôs se tratar da moça.
O documentário explica que não há qualquer registro de negociação da suposta compra por parte do comerciante, marido da Mona Lisa, nem testamento legando o quadro à ninguém, fato improvável pelo valor da obra-prima de Leonardo.
Quem seria, então, essa Gioconda (nome também errôneo, visto que Giocondo, ou melhor, Francesco di Bartolomeu di Zanobi del Giocondo é o marido da "não retratada")?
Giuliano de Medici (irmão de Lorenzo de Medici, governante de Florença na época) era um "boyzinho", bonitão, amante das artes, de família muito rica e influente (tão rica e influente que seu túmulo tem uma esculturinha de outro grande mestre, Michelangelo), e... "pegador".
Numa das suas aventuras, uma moça de uma noite só, Giuliano deixou um filho como recordação. A mãe da criança pediu à parteira que matasse a criança logo após o parto, pela desonra que significaria criar o filho na época (lembremos que não havia o teste de DNA, que talvez tivesse mudado o rumo da história da arte mundial...).
Não foi o filho, e sim a mãe quem veio a morrer, de causas ligadas ao parto.
A parteira, com dó da criancinha, levou-a à porta do castelo dos Medici, indicando ao pai quem era aquela pessoa.
Giuliano se enterneceu. Gostou tanto do goeludo no seu colo que encomendou ao pintor (esse sim, tinha cacife!) um retrato de uma mãe (não a verdadeira mãe, já morta, mas uma mãe idealizada, bonita, para que a partir do seu retrato - da Vinci não era um retratista qualquer! - o menino crescesse com o consolo da sua imagem). 
Leonardo teria então evocado a imagem da sua própria mãe, pois também ele havia sido um filho bastardo. Uma mulher retratada com vestes negras, significando o luto da mãe do menino (e talvez o seu próprio), mas com um sorriso enigmático, um sorriso discreto da mãe ao olhar para seu filho querido.
Sempre genial. E comovente (mesmo que no futuro outras histórias contradigam esta).

* para se ter uma idéia do seu "poder", experimente Googar (dar um Google imagens) na palavra Mona Lisa ou La Gioconda: dá até pena de ver o quanta bobagem se faz com a sua imagem - a partir da primeira, "oficial", dificílimo achar uma original!