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16 de dezembro de 2014

Bandeira Vermelha


Pais de crianças asmáticas (ou com "bronquite"):
Vou transplantar em vocês a (minha particular) dúvida que vem à mente quando leio recomendações sobre a previsão das crises de asma em crianças.
Dizem as pesquisas (e propostas de conduta, a mais recente deste mesmo mês):
Há meios - laboratoriais e espirométricos (a medida objetiva da ventilação, nem sempre fácil de ser feita) - de se prever a crise. Baseado nestes métodos (ou em outros que ainda vão surgir), pais devem iniciar ou aumentar doses de medicações antiasmáticas, como broncodilatadores e corticosteróides.
A dúvida:
Se eu tenho que ir à laboratórios, ou mesmo tenho que estar constantemente munido de espirômetros (os tais aparelhinhos para medir a capacidade respiratória), não é mais fácil (menos trabalhoso, menos custoso, mais intuitivo) eu prestar atenção aos sintomas respiratórios (crises de tosse noturnas ou aos esforços, esforço respiratório, "chio" no peito, cansaço, e os mais indicadores de gravidade tiragem e inclusive palidez e cianose) para fazer o mesmo?
A única explicação viável contrária à conduta acima seria: esperar sintomas pode ser tarde demais! (a velha advertência "urubulínica").
É até verdade (em alguns poucos casos, não na maioria), mas aí vem outra perguntinha:
Pais estarão dispostos a medicarem seus filhos (com medicações às quais já mostram razoável resistência) nos sinais laboratoriais apenas premonitórios (lembrando que exames laboratoriais também erram - e no caso da asma possivelmente errem mais do que a avaliação dos sintomas)?
E, de novo, a postura "agir o quanto antes" não atende aos interesses da indústria farmacêutica?
Fica a dúvida...