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10 de março de 2009

Ameixas no Pé


Para que se entenda como a hérnia inguinal da criança se forma vou tentar recorrer a uma boba metáfora:
Acho que todo mundo aqui já comprou frutas no supermercado, não é mesmo?
(Siiiim!)
Então:
Imagina que você está comprando duas ameixas, bem vermelhinhas. São os dois testículos!
Imagina também que você pegou por engano dois (em vez de apenas um) daqueles saquinhos plásticos que vêm em rolos na seção de frutas. Posicionou os dois sacos ainda fechados (desenrolados) um ao lado do outro e colocou as ameixas em apenas um deles.
(um detalhe: para a metáfora valer, você está levando os dois sacos, um com as ameixas penduradas e o outro “colado” ao primeiro, segurando pelas aberturas).
Feito isto, pagou pelas ameixas no caixa e ensacou novamente estes dois sacos (um vazio, “de comprido”, e um com as ameixas-testículos) dentro da sacola do supermercado.
A sacola do supermercado é a bolsa escrotal.
O saco vazio (“de comprido”, paralelo ao saco com as ameixas-testículos) é o processo vaginal, que vai se fechando após o nascimento na maioria das crianças, mas que quando fica aberto por “defeito de fábrica” seria o equivalente à hérnia inguinal.
A hérnia inguinal só se torna visível ou palpável – e por conseguinte só precisa ser operada – quando há outras “frutas” (neste caso, alças intestinais ou às vezes o ovário no sexo feminino) dentro dela.

(obs.: a hidrocele é quando apenas líquido da cavidade abdominal se acumula dentro do processo vaginal. Na prática às vezes é difícil diferenciar uma coisa da outra e o tratamento quase sempre é o mesmo – cirúrgico).

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