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20 de novembro de 2008

Foie Gras "Voluntário"


Ouvimos, muitas vezes, sobre “doenças novas”.
Claro que na maioria das vezes as doenças não são propriamente novas. Já existiam. Apenas o conhecimento apareceu com o desenvolvimento científico.
Não é o que ocorre com uma condição (não necessariamente uma doença) chamada esteatose hepática.
A esteatose hepática – ou fígado gorduroso - é o resultado “visível” da ingestão excessiva de alimentos, típica da vida moderna.
Curiosamente, é o equivalente humano do famoso patê foie gras, obtido pela cruel engorda forçada do ganso, como explica o endocrinologista Henrique Suplicy na página da ABESO.
O fígado é um órgão essencial para o metabolismo humano. É mais importante do que se costuma imaginar para várias das funções orgânicas. Então, como se pode deduzir, muitos desses fígados transformados em verdadeiros patês vão deixando de funcionar, com conseqüências que vão da piora da diabete tipo 2 – associada aos indivíduos obesos - ao grave câncer do fígado.
E, ainda que possa parecer uma entidade rara, apenas mais uma curiosidade, o número de pessoas afetadas poderia chegar a alarmantes 30% da população adulta. Os fatores complicadores são o diagnóstico difícil (não há um exame único específico para a esteatose e os sintomas iniciais são muito vagos) e o tratamento controverso e igualmente difícil (visto que é uma condição justamente “nova”).
Obs.: já há na literatura médica relatos freqüentes da esteatose mesmo em crianças.

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