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25 de dezembro de 2007

O Pequeno Idoso Sempre Vem


Tenho um metro e noventa e dois centímetros.
Embora hoje em dia isso não signifique muita coisa em termos de altura, volta e meia ouço alguém me dizendo:
-Pôxa, como você é alto, hein?
Não sei se o tom é de admiração. Ou de elogio. Ou, ainda, de “precisava crescer tanto?” (vai ocupar mais espaço pra cima, vai atrapalhar o espaço da gente).
Vou vivendo. Ainda de forma tranqüila.
Não é o que costuma acontecer com o sujeito obeso.
Obesos já são olhados com olhos de preconceito. Frequentemente vejo mesmo os obesos olhando com preconceito para outros obesos (vide Faustão).
Todos temos parentes e amigos mais ou menos obesos. Não deixamos – espero – de gostar deles por serem assim.
Por isso o assombro com algumas mentes engenhosas que tramam campanhas como a engendrada neste fim de ano contra o Papai Noel britânico. Quiseram emagrecê-lo.
O motivo?
Óbvio. Não podemos passar pras crianças o exemplo de um sujeito que alcança idade assim tão avançada (que idade mesmo?) nessa forma física tão deplorável. Um obeso! E aí o corolário: um obeso poderia ser também um preguiçoso, um glutão, um inativo, etc.
Santa Claus! Digo, santa paciência!
Felizmente vozes se insurgiram contra tal patrulhamento. Pelo menos no caso do bom velhinho (150, 200?). Uma outra campanha ou uma “contra-campanha” (com doação de alimentos a pessoas carentes para cada subscritor): deixem o Papai Noel obeso! Que obeso o quê? Gordo mesmo?
E não encham ainda mais o seu já cheio saco!

Feliz Natal.

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