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15 de junho de 2007

Bom Senso (Poupe o Pipi)


O tratamento das infecções urinárias em crianças também tem entrado na nova onda do “menos é mais”.
Até há pouco tempo, considerava-se que qualquer infecção urinária na criança tinha o potencial de, se não adequadamente tratada, causar problemas renais sérios (as cicatrizes renais, com a nefasta possibilidade de perda da função dos rins).
Isto continua sendo uma verdade. Meia-verdade, na ...verdade.
Por que?
Porque após anos de trabalho e gastos com exames de urina de controle (para verificar se a infecção realmente curou com o antibiótico prescrito) foram mostrando que ela sempre (ou quase sempre) cura, faça-se exames de controle ou não.
Mas como saber se logo o meu caso não será exceção (e poderá levar às tão temíveis cicatrizes renais)?
Como em qualquer outra infecção (coisa que deveria parecer óbvia, mas não era assim considerada): através dos sintomas! Dois dias de antibióticos (isso mesmo, dois dias), sem infecção urinária prévia, sem sintomas: tchau!
Ninguém trata pneumonia sem sintomas, apenas baseado em exames de Raio X. Assim como ninguém chega ao médico dizendo: “Por favor, doutor, embora eu esteja ótimo, o senhor pode retirar um pouco do meu líquido cefalorraquidiano (o “líquido da espinha”) para ver se eu não estou com alguma meningite?”.
Na infecção urinária em que os sintomas logo se resolviam em crianças, no entanto, mandava-se repetir exames (e caso estivessem alterados – quase nunca estavam - persistir no tratamento). E mais: buscar causas para a infecção com caros e trabalhosos exames radiológicos.
Tudo isso está mudando, ainda bem. Agora no campo das infecções urinárias, o que também começa a prevalecer é o bom senso.

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