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5 de dezembro de 2006

Última Que Morre


Há uma música do Simply Red que diz:
“If you don’t know me by now, you’ll never know me”
(Se você não me conheceu até agora, você nunca irá me conhecer)
Odeio ser pessimista, mas a letra da música parece se aplicar à busca incessante pela vacina contra a AIDS. Há cerca de um quarto de século, cientistas do mundo inteiro têm se debatido para descobrir como minar as várias estratégias de sobrevivência deste vírus elusivo.
Uma das grandes dificuldades deve-se à enorme capacidade de multiplicação do HIV. Multiplicando-se bastante, cria condições de se modificar bastante (as chamadas mutações genéticas ocorrem com grande freqüência, dificultando a memória imunológica). Além disso, infecta vários tipos de células diferentes (dentre elas, os próprios linfócitos T, de longa duração, responsáveis pelo combate ao vírus). Outro grande problema é a incorporação definitiva ao material genético das células infectadas (é como se o vírus se tornasse uma parte da pessoa portadora).
Walensky e colaboradores, num artigo recente do The Journal of Infectious Diseases calcularam que cerca de 2,8 milhões de anos de vidas foram poupados desde 1989 até hoje, com os tratamentos disponíveis para a infecção. Este talvez seja o motivo pelo qual muitas pessoas atualmente acreditem que a AIDS tenha deixado de ser um grande problema.
Acredite, continua sendo. Nada, pelo menos na próxima década, será ainda mais importante do que a velha prevenção.

Jô Soares uma vez disse que quando a cura para a AIDS fosse descoberta, até Charles Bronson iria “soltar a franga”. Charles Bronson já não está entre nós.
Continuamos esperando...

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