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2 de outubro de 2015

Vida de Genérico


Que medicação você deu pra febre?
- Aquela: "cara, ce tá mal!"...
- Só essa?
- Dei também a "tio pirou na".
- E pra tosse?
- "Hã, brô, que sol!".
- Nebulizou?
- Com "birutec"
- Só?
- E "prometo"!
- Promete o que?
- "Prometo de ipa..."
- Ipratrópio?
- Isso! (Essa eu não ia saber falar!)
- Xarope, não?
- Sim: "Ah, se tio insiste em ir na"
- Deu mais alguma coisa?
- "Inseto com anzol"
- Pra micose?
- É!
- E a dor de estômago?
- "Óme pra anzol"...
- Parou por aí?
- "Ao bem do anzol!"
- Vermes!...
- É!
- Nossa! Como é que você conseguiu com tudo isso?
- Ah, doutor, só com a promo...
- Promoção! Com tanto remédio, as farmácias têm mesmo que baixar o preço...
- Não, doutor, só tomando uma "promoprida"!
Medicamentos citados nesta postagem:
Paracetamol, dipirona, ambroxol, Berotec, brometo de ipratrópio, acetilcisteína, cetoconazol, omeprazol, albendazol, bromoprida.
A "era dos genéricos" criou essa dificuldade: pacientes têm agora que lidar com nomes das substâncias, mais do que com nomes comerciais. Era provavelmente mais fácil lembrar de "Tylenol" do que de "paracetamol", mais fácil lembrar de "Zentel" do que do "albendazol", e por aí vai...

Agora, na questão dos novos medicamentos biológicos, a coisa pega de vez. São nomes criados a partir do lançamento de letras ao ar, onde cair, caiu: palivizumabe, etanercept, infliximabe, tocilizumabe. De derrubar qualquer apresentador de jornal. Parecem aquelas palavras de: digite as letras abaixo para provar que você é uma pessoa.