Perguntei ao Romualdo Oliveira, legítimo representante da classe média brasileira, pra que serve o intestino.
-Pra fazê cocô, ora!
E que é o cocô?
- ??
Resíduo alimentar, resto do que comemos, e que o intestino, órgão altamente especializado na separação do que é bom e o que é ruim – muito mais eficiente que nossa capacidade de reciclagem de lixo, por exemplo – nos impede de absorver.
Até aí morreu o Neves, né? - arremata o Romualdo.
OK.
Mas não pára por aí, a função do intestino.
Outra função, desprezada pela galera, é a função imunológica. É no intestino que se dá a maior parte do contato entre agentes agressores (vírus, bactérias, fungos) deglutidos com a comida e com nossas secreções respiratórias (nosso catarrinho grande ou pequeno, imperceptível, engolidos a cada minuto do dia a dia) com as células de defesa que o forram, construindo-se paulatinamente um banco de dados orgânico do que é “germe do bem” (aqueles que devemos tolerar, pelo treinamento das nossas defesas) e o que é “germe do mal” (aqueles que não têm desculpa, é pau neles, mesmo!).
-E por que me dizes tudo isto, ó pá? (Ih, tô achando que esse Romualdo é português disfarçado!).
Pra enfatizar, Romualdo, a necessidade que temos de encarar comida (a parte do que botamos pra dentro do intestino que podemos controlar) também como uma espécie de “remédio” (sem grandes obsessões, claro), e não como um mal-tratado “depositório” de bugigangas que venham no longo prazo a danificar todo esse delicado processo seletivo construído em milênios de evolução!
(E aí é que está: há apenas “poucos segundos” da nossa escala evolutiva – comparativamente falando - é que estamos querendo ensinar na marra nossos pobres intestininhos a lidar com tanto carboidrato processado, tanta fritura, tão pouco nutriente de verdade. Não é à toa vermos tanto câncer de aparelho digestivo, tanta doença metabólica!).
Mas aí, a esta altura infelizmente, Romualdo já estava meio que nos braços do Orfeu...
-Pra fazê cocô, ora!
E que é o cocô?
- ??
Resíduo alimentar, resto do que comemos, e que o intestino, órgão altamente especializado na separação do que é bom e o que é ruim – muito mais eficiente que nossa capacidade de reciclagem de lixo, por exemplo – nos impede de absorver.
Até aí morreu o Neves, né? - arremata o Romualdo.
OK.
Mas não pára por aí, a função do intestino.
Outra função, desprezada pela galera, é a função imunológica. É no intestino que se dá a maior parte do contato entre agentes agressores (vírus, bactérias, fungos) deglutidos com a comida e com nossas secreções respiratórias (nosso catarrinho grande ou pequeno, imperceptível, engolidos a cada minuto do dia a dia) com as células de defesa que o forram, construindo-se paulatinamente um banco de dados orgânico do que é “germe do bem” (aqueles que devemos tolerar, pelo treinamento das nossas defesas) e o que é “germe do mal” (aqueles que não têm desculpa, é pau neles, mesmo!).
-E por que me dizes tudo isto, ó pá? (Ih, tô achando que esse Romualdo é português disfarçado!).
Pra enfatizar, Romualdo, a necessidade que temos de encarar comida (a parte do que botamos pra dentro do intestino que podemos controlar) também como uma espécie de “remédio” (sem grandes obsessões, claro), e não como um mal-tratado “depositório” de bugigangas que venham no longo prazo a danificar todo esse delicado processo seletivo construído em milênios de evolução!
(E aí é que está: há apenas “poucos segundos” da nossa escala evolutiva – comparativamente falando - é que estamos querendo ensinar na marra nossos pobres intestininhos a lidar com tanto carboidrato processado, tanta fritura, tão pouco nutriente de verdade. Não é à toa vermos tanto câncer de aparelho digestivo, tanta doença metabólica!).
Mas aí, a esta altura infelizmente, Romualdo já estava meio que nos braços do Orfeu...