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26 de outubro de 2010

Patuá


“Depois da porta arrombada é que se compra o cadeado”.
Na saúde, também.
Medidas de tratamento ou de prevenção esbarram no “comigo não vai acontecer” o tempo todo (bem como no “ainda não estou precisando” e no “não há de ser nada de tão sério”).
Pegue-se o exemplo clássico da pressão alta:
Silenciosa até que danos – inicialmente microscópicos, nas estruturas dos vasos sangüíneos – apareçam.
E mesmo quando podemos demonstrá-los (a quantidade de albumina na urina é uma medida do dano renal progressivo da pressão alta nos vasos dos rins, por exemplo), a maioria ainda assim não se convence. Não se trata. Não se cuida. Não se mexe.
Somente algum acidente vascular cerebral, algum infarto do miocárdio é susto suficiente para convencer.
Somos construídos com algum chip para não entrarmos em pânico com nossa saúde a todo instante.
Somos mesmo na grande maioria resistentes ao constante ataque da mídia interessada em nos transformar em doentes de tudo e de qualquer coisa por interesses escusos.
Não nos culpem.
O problema é que a régua da prevenção algumas vezes precisa ser ajustada milímetros pra trás do primeiro e evitável desastre.