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2 de setembro de 2010

O Mico do Pó


Dentre as histórias que ouvimos em consultórios que dá vontade de apoiar o cotovelo na mesa e discretamente começar a chorar está a tal da “alergia” respiratória das crianças pequenas.
Alergia respiratória em crianças pequenas (principalmente aquelas menores de 3 anos) é como cometa: a gente até sabe que existe, mas é muito menos visto do que se poderia esperar.
Tosses, narizes entupidos, corizas, chios no peito e etc. têm um grande e principal culpado: vírus (e no plural, muito no plural!).
Bebês e pré-escolares são virgens de viroses e funcionam como verdadeiras esponjas dos vírus das pessoas que por perto deles passam (e, notem bem, mesmo que não estejam resfriados ou gripados).
Acontece que...
Acontece que tratar, medicar, indicar exames para doenças virais comuns não dá Ibope, deixa pais – e mesmo alguns médicos – frustrados.
Por isso é mais chique, mais interessante, mais tchan (e totalmente errado) vir com essa de “alergia”! (há remédios para alergia, há exames pra alergia).
Alergia nasal e brônquica precisam – além de genética – de tempo para se “criarem”, tempo de exposição dos alérgenos comuns para anticorpos de alergia (as imunoglobulinas E) se formarem, não vão já se manifestando no berço.
Pais não precisam saber disso. Mas não devem ser iludidos do contrário.