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21 de setembro de 2010

Alimentos que... Emburrecem!


Daquelas coisas que muito irritam, mas que a gente vê na TV todos os dias (e ontem foi só mais um dia, assim como anteontem):
- Açaí baixa o colesterol.
- Duas maçãs por dia evitam o diabete.
- O tomate...
Enche, não enche?
Como é que um determinado alimento vai mostrar esses efeitos?
Pega-se um turma com colesterol alto (ou com glicemia alta, ou com qualquer outro parâmetro alto ou baixo) e diz-se:
-Aí galera, a partir de agora, pra vocês, é só melancia, OK? Por 6 meses!
E mesmo que isso fosse possível, e mesmo que fizesse realmente baixar o colesterol (ou a glicemia, ou o que quer que seja), como ter certeza que foi a melancia (ou o açaí, ou a maçã) que fez a moçada melhorar?
Há centenas de outras variáveis envolvidas na melhora ou não dos parâmetros. Há quase sempre uma ridícula margem estatística de melhora para se tentar justificar a tal fruta (ou o legume ou a castanha-do-pará)!
Grupos testados já são previamente mais ou menos saudáveis e sujeitos a melhores ou piores respostas (haverá certamente grupos que melhorarão seu colesterol com Sonhos de Valsa).
A gente já sabe que um abacate deve ser mais saudável que um Danoninho. Imagina-se que uma pêra provoque menos problemas para o colesterol do que um hambúrguer. Mangas devem ser na melhor das hipóteses inofensivas (exceto quando caem nas nossas cabeças).
Mas se alguém espera ficar mais saudável numa dieta de mangas (ou de pêras ou de abacates) já sofre de pelo menos dois problemas:
Credulidade e ignorância.